A partir de julho, Gabriel Blos passará a exercer um novo cargo no Grêmio. Depois de uma grave lesão no joelho, que encerrou sua carreira de maneira precoce ainda em 2013, ele chegou a um acordo com a direção gremista para exercer a função de assessor administrativo nas categorias de base do clube. A intenção é dar ao ex-zagueiro, que cursa a faculdade de Administração, a primeira experiência como dirigente para que, no futuro, ele possa dar sequência à carreira na gestão esportiva.
Embora seja muito mais comum, no futebol brasileiro, ver ex-atletas brasileiros atuando como treinadores, há inúmeros exemplos de profissionais que viraram dirigentes depois da aposentadoria. Alguns bem sucedidos, outros nem tanto.
Rodrigo Caetano
Situação muito parecida com a de Gabriel foi vivida por Rodrigo Caetano, atual diretor executivo do Inter. Revelado como meio-campista nas categorias de base do Grêmio, rodou por alguns clubes até chegar ao Juventude, em 1996, quando estava acertando sua transferência para o Compostela, da Espanha. Porém, uma grave lesão no joelho fez a transação ser cancelada. Rodrigo ainda daria continuidade à sua carreira, mas sem grande projeção. Até que, em 2003, iniciaria sua trajetória como superintendente de futebol no RS Futebol, administrado por Paulo César Carpegiani. Na nova função, tornou-se uma das referências do país, passando por Grêmio, Vasco, Fluminense e Flamengo antes de chegar ao Inter.
Branco
Tetracampeão mundial em 1994, o ex-lateral ocupa desde 2018 o cargo de coordenador das categorias de base da Seleção Brasileira — função que já havia exercido entre 2003 e 2006. Porém, interrompeu sua primeira passagem na CBF para assumir o futebol do Fluminense. Com ele comandando o vestiário, e Renato Portaluppi como técnico, a equipe carioca conquistou a Copa do Brasil de 2007 e foi vice-campeã da Libertadores de 2008.
Leonardo
Outro tetracampeão mundial em 1994, Leonardo encerrou a carreira no Milan em 2002 e, desde então, contribuía como uma espécie de consultor, indicando jogadores sul-americanos. Assim, os italianos efetivaram as contratações de Kaká e Alexandre Pato, por exemplo. Também arriscou-se como treinador no próprio Milan, na rival Inter de Milão e, posteriormente, no Antalyaspor, da Turquia. Porém, voltaria a exercer a função de diretor esportivo no PSG — cargo que voltou a ocupar em junho do ano passado.
Edu Gaspar
Revelado nas categorias de base do Corinthians, o volante Edu fez parte do elenco bicampeão brasileiro, em 1998 e 1999, e campeão mundial em 2000. Na Europa, atuou por Arsenal e Valencia, chegando a ser convocado para a Seleção Brasileira entre 2004 e 2005. No final daquela década, voltaria ao clube paulista para encerrar a carreira e dar início à nova. Em 2011, foi anunciado como gerente de futebol, contribuindo para as maiores conquistas da história corintiana: Libertadores e Mundial de Clubes de 2012. Posteriormente, foi contratado pela CBF junto com o técnico Tite e, atualmente, trabalha no Arsenal, da Inglaterra.
Tinga
Último caso bem-sucedido de ex-jogador como dirigente foi Tinga, ex-atleta de Grêmio e Inter. Dois anos depois de encerrar a carreira no Cruzeiro, o meia foi anunciado como gerente de futebol. Durante a sua gestão, o time mineiro venceu a Copa do Brasil de 2017. Porém, deixou o cargo ao final da temporada.