Com o nome de Arthur envolvido em uma possível transferência para a Juventus, o Grêmio se mantém atento à possibilidade de receber uma parcela da negociação por conta do Mecanismo de Solidariedade. Ainda assim, o Tricolor não tem do que reclamar. O jogador rendeu cerca de R$ 150 milhões aos cofres gremistas, sendo R$ 8,8 milhões no período em que atuou com a camisa do Barcelona.
Os valores recebidos após a venda são referentes ao plano de metas estabelecido ainda em março de 2018, quando o jovem atleta acabou negociado com o clube catalão. Considerando a hipótese de Arthur atuar pelo resto da carreira no Camp Nou, a diretoria tricolor exigiu a aplicação de gatilhos que rendessem 10 milhões de euros a mais do que o valor pago pela compra. Dois desses, inclusive, já foram ativados.
A primeira meta foi alcançada ainda em outubro daquele ano, quando o jogador completou 10 jogos com a camisa blaugrana. A outra, ao final da temporada, com o título da Liga Espanhola. Estes dois objetivos renderam 1 milhão de euros cada um (cerca de R$ 8,8 milhões no total).
Desta forma, Arthur ainda teria 8 milhões de euros em metas para alcançar na Espanha. Devido a uma cláusula de confidencialidade, os valores de premiação não são divulgados, mas incluem a conquista da Liga dos Campões, aparição entre os finalistas da Bola de Ouro da Fifa e renovação de contrato — o vínculo atual se estende até junho de 2024.
Considerado a maior venda da história do Grêmio e do futebol gaúcho, o goiano Arthur foi negociado com o Barcelona em março de 2018 por 30 milhões de euros. No entanto, o ficou estabelecido que o atleta só se apresentaria ao clube espanhol em 2019. Como o Barça desejou antecipar a apresentação, foi acertado o pagamento de mais 3 milhões. Assim, no total, a transação fechou em 33 milhões de euros (R$ 139,8 milhões). Detentor de 60% dos direitos econômicos, o Tricolor recebeu R$ 104,6 milhões naquela ocasião.