Ao longo dos 116 vitoriosos anos do Grêmio, muitos gols ficaram eternizados na memória do torcedor. Como esquecer quando, em 1981, Baltazar silenciou o Morumbi para garantir o primeiro título nacional na história gremista? Ou dois anos depois, quando Renato não deu chances à defesa alemã e, contra o Hamburgo, levou o Tricolor ao topo do mundo?
GaúchaZH fez uma seleção de cinco gols decisivos na história gremista e pede para você, torcedor, eleger aquele que considera mais marcante. Na disputa, tem gol que valeu conquista nacional, continental e mundial.
Escolha o seu favorito:
Baltazar, em São Paulo 0x1 Grêmio, pelo Brasileirão de 1981
O gol de Baltazar valeu o primeiro título brasileiro para o Grêmio. E não foi um gol qualquer. A bola foi lançada da direita para a área. Renato Sá escorou de cabeça para Baltazar, que matou no peito e emendou uma bomba com a perna direita da meia lua da grande área. A bola foi no ângulo esquerdo da meta defendida por Waldir Peres, goleiro do São Paulo naquele 3 de maio de 1981.
— Até hoje, me emociono. A gente estava jogando contra a base da Seleção, praticamente. Aquele jogo marcou a minha carreira — disse Baltazar a GaúchaZH anos atrás sobre aquele gol.
Cesar, em Grêmio 2x1 Peñarol, pela Libertadores 1983
A conquista da primeira Libertadores do Grêmio passa pela cabeça de Cesar. No duelo decisivo, o atacante entrou no lugar de Caio, que havia aberto o placar para o Tricolor, e deu números finais à partida contra o Peñarol, no Olímpico, naquele 28 de julho de 1983. Aos 31 minutos do segundo tempo, Renato Portaluppi conseguiu jogar a bola na área mesmo cercado por dois marcadores. E lá estava Cesar para mergulhar e marcar 2 a 1 para o Grêmio, resultado que garantiu ao time comandado por Valdir Espinosa o título da América.
Renato, em Grêmio 2x1 Hamburgo, pelo Mundial de 1983 (segundo gol)
Neste caso, foram dois gols decisivos na mesma partida, em 11 de dezembro de 1983. Foram esses gols que transformaram a história do Grêmio, que tornou-se campeão do mundo, e de Renato Portaluppi, que virou o maior ídolo da história do clube. No primeiro gol, aos 37 minutos do primeiro tempo, o camisa 7 gremista recebeu na direita, entrou na área e deu dois cortes desconcertantes antes de chutar forte para marcar. O empate do Hamburgo veio nos minutos finais do segundo tempo e a partida foi para a prorrogação. Ali, mais uma vez, brilhou a estrela de Renato. Após cruzamento de Caio pela ponta esquerda, Tarciso desviou de cabeça e a bola caiu nos pés do atacante. Ele driblou o marcador e chutou de canhota, no canto do goleiro Stein para marcar o gol do principal título da história gremista (e o que vale para a enquete).
Ailton, em Grêmio 2x0 Portuguesa, pelo Brasileirão de 1996
O Grêmio havia perdido o jogo de ida da final do Brasileirão de 1996 para a Portuguesa e precisava, ao menos, de um 2 a 0 no Olímpico para garantir o bi nacional. E o gol do título saiu do pé esquerdo de Ailton, que era bastante criticado pela torcida. Ele havia entrado no lugar de Dinho especialmente para fazer aquele gol, aos 39 minutos do segundo tempo, naquele 15 de dezembro de 1996. Em entrevista a GaúchaZH em 2016, ele recordou:
— Quando o Carlos Miguel alçou na área e o zagueiro Emerson rebateu de cabeça, só pensei em uma coisa. Gritei para o Paulo Nunes não ir na bola para eu chutar. Se fosse na arquibancada, azar. Mas quando vi a bola entrando, foi fantástico.
Luan, em Lanús 1x2 Grêmio, pela Libertadores 2017
O Grêmio já havia vencido na ida, em Porto Alegre, e novamente estava na frente no placar no Estádio La Fortaleza, contra o Lanús, para confirmar o tri da América no dia 29 de novembro de 2017. O gol que selou essa conquista foi uma pintura de Luan, que recebeu passe de Jailson e avançou com liberdade pela esquerda. Quando alguém poderia imaginar que o camisa 7 bateria de fora de área, ele foi costurando até ficar cara a cara com o goleiro Andrada. Ali, frente a frente com o adversário, só teve o trabalho de dar um toque por cima, no que seria um "pedaço de gol", como narrou Walter Nelson, da Rádio La Red, da Argentina, incrédulo com tamanha categoria do craque gremista. O gol, inclusive, foi eleito pelo diário Olé, da Argentina, o mais bonito em uma final de Libertadores na história.