Na última sexta-feira (27), em comunicado à imprensa, o Grêmio informou que chegou a um acordo com o grupo de jogadores sobre redução dos salários dos atletas durante a paralisação no futebol. As tratativas foram comemoradas pelos dirigentes e tidas como positivas pela boa aceitação entre as partes, além do entendimento do plantel. Dentro do acerto, há uma condição especial: não tornar os termos públicos para preservação do bom relacionamento.
O primeiro ponto, superado logo nos contatos iniciais, foi o período concedido de férias, definido de 1º a 20 de abril, com possibilidade de ampliação caso a pandemia de coronavírus ainda afete a normalidade. O restante dos 30 dias que o elenco tem à disposição serão concedidos no próximo verão — entre dezembro e janeiro.
O quadro salarial foi elaborado pelos executivos do clube. O CEO Carlos Amodeo, que participou das conferências com os demais representantes dos times brasileiros, e o executivo de futebol Klauss Câmara foram os principais responsáveis. O plano de contingência financeira foi levado aos membros do Conselho de Administração.
A missão do contato direto com os líderes ficou com o presidente Romildo Bolzan pelo bom conceito que tem entre os atletas. Foram necessários poucos dias para acionar os jogadores e logo o consenso foi buscado: durante a ausência do calendário, os pagamentos dos direitos de imagem foram transferidos para 2021, gerando um fôlego para o clube. Assim, uma economia ainda maior seria concedida aos dirigentes, já que pela Lei esses valores podem corresponder a no máximo 40% dos vencimentos.
Juntamente com a decisão costurada também ficou estabelecido que as condições não seriam admitidas publicamente. Todas as informações são colhidas nos bastidores.
— O Grêmio fez uma negociação com os atletas construída em ambas as partes. Foi um bom acordo que acertamos de não publicizar — revelou Paulo Luz, vice de futebol.