O futebol também sofre os impactos mundiais provocados pela pandemia do coronavírus. Desta forma, os clubes passaram a rever seus investimentos para suportar a crise financeira que se aproxima diante da queda de receitas. As grandes negociações devem ser as primeiras a sentirem o efeito. Acostumado a vender jogadores para o mercado europeu nas últimas temporadas, o Grêmio já relata diminuição em contatos por seus atletas, sobretudo os atacantes Everton e Pepê.
— Os clubes não estão preocupados com novas contratações — afirma Paulo Luz, vice de futebol do Tricolor.
Cebolinha é o jogador mais valioso do grupo gremista. Com o destaque na equipe, mas também pela Seleção Brasileira, o camisa 11 tem seu nome ligado a diversos times da Europa. Internamente, a proposta irrecusável para vender o artilheiro das duas últimas temporadas era aguardada para a próxima janela, quando no velho continente o mercado de transferências é maior.
Porém, pela crise gerada pela covid-19, as buscas por novos jogadores diminuiu consideravelmente. O foco não só no Brasil, mas nas outras ligas pelo mundo, está numa reorganização de despesas para melhor sustentação financeiro. Por isso, novas aquisições ficam em segundo plano no atual cenário.
Pepê, que é o substituto para suprir uma eventual negociação de Everton, também tem destaque no Tricolor e seleção brasileira sub-23. O jovem atacante tinha sondagens de clubes da Espanha, Alemanha e Holanda que esfriaram pela ausência de calendário.
— Tínhamos algumas sondagens, nada em caráter formal — admite Paulo Luz.
Enquanto aguarda as definições do mercado, o Grêmio se reorganiza financeiramente. Na última sexta (27), o clube anunciou acordo com os atletas para amenizar os impactos nos gastos com o futebol. Há o entendimento entre os dirigentes que, mesmo com esta medida, uma negociação será necessária para equilibrar as contas da temporada 2020. Logo, uma venda deverá ser feita para alcançar o orçamento.