No dia 23 de outubro, quando o Grêmio enfrentará o Flamengo pela volta da semifinal da Libertadores, Léo Moura irá completar 41 anos. O presente de aniversário do atleta poderá ser iniciar como titular no Maracanã na equipe que tentará levar o Tricolor à sua sexta final do maior torneio sul-americano.
A missão de Léo Moura poderá ser encarada também como desafio. O Flamengo, dono do ataque mais poderoso do país, conta com nomes como Gabigol, Bruno Henrique, Everton Ribeiro e Vitinho. Pelo menos dois deles devem se revezar nos avanços pelo setor do camisa 2 do Grêmio. Ainda assim, tudo indica que Renato Portaluppi apostará na escalação do veterano lateral como titular no Maracanã.
Léo Moura ficou no banco na partida de ida contra o Flamengo, na Arena, quando Rafael Galhardo foi titular. Depois, atuou no empate com o Corinthians e na vitória sobre o Ceará. Nesse domingo (13), foi poupado na goleada sobre o Atlético-MG e sequer foi opção para entrar quando Galhardo sentiu lesão no intervalo. Tudo isso em razão dos cuidados especiais que Renato tem com ele.
— O Galhardo falou que estava com a perna muito pesada. No intervalo, resolvi tirar para que ele não sofresse um estiramento. O Léo Moura tinha jogado as duas últimas partidas. Ele tem 40 anos, é difícil ter uma sequência de jogos. O Paulo Miranda é um jogador que estava descansado, já atuou por ali (lateral) e pode ser uma opção para alguma emergência — explicou Renato sobre a decisão de usar Paulo Miranda no segundo tempo.
Na segunda-feira (14), Léo Moura seguiu o planejamento, treinou normalmente e se colocou à disposição para enfrentar o Bahia nesta quarta-feira (16), partida que será a última dos titulares antes da volta contra o Flamengo. Fisiologista do Grêmio, Rafael Gobbato explica que os cuidados tomados com Léo Moura são naturais, mas que o jogador apresenta forma física acima da média para sua idade.
— Claro que temos cuidados em relação à carga de trabalho. Fatores como volume e intensidade são individualizados hoje em dia e, no caso dele, temos cuidado de ter um acompanhamento mais de perto. Ele se conhece bem e está sempre nos ajudando na comunicação diária com quem é responsável por mantê-lo apto a jogar — afirma o profissional.
— O Léo Moura é um atleta, em primeiro lugar, pois segue os três pilares do treinamento em alto rendimento: alimentação, descanso e treino. Fora isso, ele, mesmo aos 40 anos de idade, é um jogador que se empenha nos treinamentos — completou Gobbato.
Velocidade foi problema
Um dos motivos para Léo Moura ter ficado no banco na ida contra o Flamengo foi a lesão sofrida em 17 de agosto no empate com o Palmeiras pelo Brasileirão. Ele só retornou aos gramados em 26 de setembro, quando entrou no segundo tempo na goleada sobre o Avaí. O teste como titular foi diante do Fluminense, quatro dias antes do jogo com o Rubro-Negro.
Naquela partida, Léo Moura não conseguiu mostrar-se pronto para encarar o Flamengo. O lateral-direito sofreu com as investidas de Yony González, já que foi pelo seu setor que o clube carioca construiu os dois gols da vitória de 2 a 0.
O jogo foi definitivo para Renato apostar em Galhardo diante do Flamengo e optar por dar mais um tempo para Léo Moura ganhar ritmo. Três semanas depois, ele deverá receber a oportunidade no Maracanã, no dia do aniversário dos seus 41 anos.