Após a vitória do Grêmio sobre o Monagas, por 2 a 1, o meia Cícero, que sofreu nos acréscimos o pênalti que garantiu o resultado, reconheceu as dificuldades que a equipe enfrentou na partida. Por outro lado, exaltou o fato de que o time misto tentou, durante todo o jogo, manter o que chamou de "essência" do principal: a busca pelas trocas de passe.
— Apesar de a gente ter um grande domínio do primeiro tempo, a gente não estava conseguindo concluir para o gol. Fomos melhor no segundo tempo, procurando o gol, tanto que a gente conseguiu. A gente tenta manter essa essência do time que é tocar bola, mesmo que hoje tenha sido difícil por causa do gramado — afirmou, antes de completar:
— O mais importante era vir aqui para conseguir o resultado positivo. Terminar na frente na Libertadores conta muito. Foi uma viagem longa, um campo difícil, mas o grupo se fortalece na dificuldade.
Cícero ainda falou sobre o lance do pênalti e, principalmente, da definição de quem iria cobrar:
— Felizmente aconteceu o pênalti. Com o gramado ruim, a bola ficou alta quando eu dominei e ele acabou fazendo o pênalti. Estava definido que eu ia bater, mas o zagueiro tinha chocado em mim muito forte, o corpo adormeceu todo, estava esperando passar aquela ardência. O juiz falou que eu tinha que sair e, se eu saísse, não poderia bater o pênalti. O mais importante é que o Jailson bateu e fez.
Questionado sobre a crítica situação da Venezuela, o jogador mostrou-se tocado com as dificuldades que testemunhou e com a possibilidade de ajudar os venezuelanos:
— Nós, jogadores, viemos de classe média baixa. Sei o que eu passei lá atrás. A gente viu uma situação que é até arrepiante. Um ser humano pegando um prato de comida, parecendo que era o último dia de vida. Essas coisas não têm preço na vida, poder ajudar as pessoas.