O Grêmio projeta 14 de fevereiro, data da primeira partida contra o Independiente-ARG, pela Recopa Sul-Americana, como prazo definitivo para entregar a Renato Portaluppi o grupo de jogadores que o técnico considera o ideal. Até lá, a busca irá se concentrar em um centroavante, embora outras carências também sejam apontadas. Ou até mais de um camisa nove, como admite o executivo André Zanotta.
Dois fatores, conforme o executivo, atrapalham a garimpagem, que é feita com maior força no mercado sul-americano. Um, é financeiro. O outro, a falta de um jogador que se encaixe nas características exigidas por Renato.
Zanotta cita Corinthians, Santos e Botafogo, que perderam, respectivamente, Jô, Ricardo Oliveira e Roger, como clubes com dificuldades similares às do Grêmio para preencher a vaga aberta no ataque.
— Avaliamos jogadores de vários lugares, geralmente sul-americanos. As opções existentes são caras. E as características que buscamos às vezes não encontramos — reconhece.
É por isso que o clube já trabalha com uma variável. Como já conta com Jael, que irá oficializar nesta segunda-feira a renovação de contrato, o Grêmio poderá partir em busca de um atacante com características de movimentação. E não necessariamente com carreira consolidada.
— Já temos Jael, que Renato gosta. Pode ser um nove de movimentação. Pode ser que venha mais de um. Pode vir um nove pronto, um meia-atacante. Temos um leque de opções. Pode ser um jogador ainda não pronto, mas que tenha potencial — desconversa Zanotta, para não dar pistas que possam revelar algum negócio já encaminhado.
A carência de centroavantes à moda antiga chega até mesmo à Seleção Brasileira, observa o executivo, ao lembrar que Diego Souza, jogador convocado pelo técnico Tite, atua nesse setor de forma improvisada. Mesmo o grupo de transição, informa o dirigente, não oferece um jogador com o estilo pretendido por Renato. Tanto que Isaque, autor do primeiro gol contra o Caxias, sábado, é, de origem, um meia.
Com escassos recursos financeiros, o Grêmio tentar dar o tiro certo, como deixou claro Renato na entrevista coletiva de sexta-feira. Posição corroborada por Zanotta:
— Queremos agregar. Renato bate nesta tecla. Queremos não quantidade e, sim qualidade.