Luiz Roberto Magalhães, o Pingo, é campeão estadual em cinco estados: catarinense pelo Joinville, carioca por Flamengo e Botafogo, paulista com o Corinthians, baiano com o Vitória e do Gauchão com o Grêmio, quando foi o capitão da conquista de 1993. A história como volante também conta com outra taça erguida pelo Tricolor, a Copa do Brasil de 1994. Agora, como técnico, Pingo está de volta a Porto Alegre também em busca de conquistas no comando do São José.
As características do treinador, no entanto, se diferem dos tempos de atleta. Aquele volante de contenção, com boa capacidade de marcação, deu lugar a um comandante que forma equipes muito ofensivas e de valorização da posse de bola. Isso ficou claro na sua primeira passagem pelo Rio Grande do Sul como técnico, quando conduziu o Caxias ao título do Interior, em 2019, inclusive em confrontos diante de Grêmio e Inter. O time da Serra só parrou nas semifinais para o Colorado, mesmo indo para o Estádio Beira-Rio sem seus principais jogadores, e uma formação com três atacantes.
— O Pingo é um excelente treinador, que conseguiu ganhar o grupo logo quando chegou e extrair nosso máximo. Eu vinha em uma temporada boa e, logo na chegada dele, consegui evoluir ainda mais — afirma o atacante Everton Bala, de 23 anos, uma das afirmações do Zequinha durante a Série C do ano passado.
Pingo assumiu o São José durante a Terceira Divisão, quando a equipe corria risco de rebaixamento, e conseguiu fazer uma campanha de manutenção. No Passo D’Areia, com os ideais ambiciosos dos investidores, estar nas semifinais é uma necessidade.