O duelo com a Croácia nesta terça-feira (17) tem significado especial para Marquinhos Xavier. É o 100º jogo do treinador à frente da seleção brasileira de futsal. O confronto entre brasileiros e croatas ocorre ao meio-dia e é válido pela segunda rodada do Grupo B da Copa do Mundo do Uzbequistão.
Marquinhos Xavier assumiu o Brasil em julho de 2017. O catarinense, graduado em Educação Física, substituiu o histórico técnico PC de Oliveira. Desde então, foram 83 vitórias, oito empates e oito derrotas, com aproveitamento de 86,53%.
Pela seleção, destacam-se dois títulos: o Grand Prix, em 2018, e a Copa América, em 2024, conquistada sobre a Argentina que, em 2021, havia eliminado o Brasil na semifinal da Copa do Mundo, na Lituânia.
— O mais importante foi a necessidade de uma renovação. A gente termina o ciclo de 2016, o Mundial na Colômbia, com uma necessidade muito evidente de que nós precisamos preparar esse terreno. E a gente vai buscar isso no ciclo de 2017 até o Mundial de 2021. A gente debuta dos 16 atletas que jogaram o Mundial de 2021, 12 deles estavam disputando pela primeira vez, então a gente dá o primeiro passo nessa renovação. E hoje a gente tem aí a possibilidade de dar o segundo passo, já ter uma seleção mais experiente, com uma vivência um pouco maior, então esse salto, por meio dos números também, que eu acho que a gente tem que sempre se balizar por isso, eles demonstram que há uma evolução não só de estrutura, mas de mentalidade — avalia o treinador.
Ligação com o RS
Nascido em Lages, em Santa Catarina, Marquinhos Xavier teve uma carreira discreta como jogador. Como técnico, começou a se projetar no Copagril, do Paraná, em 2009. No ano seguinte, levou a equipe à final da Liga Nacional de Futsal e, mesmo com derrota na decisão, foi eleito o melhor treinador do torneio.
Em 2014, chegou à ACBF. Em Carlos Barbosa, Marquinhos Xavier teve o melhor momento da carreira. Venceu a Liga Nacional de Futsal (LNF) de 2015, a Taça Brasil de 2016 e as Libertadores de 2017, 2018 e 2019, além de torneios regionais.
Por cerca de dois anos, trabalhou de forma concomitante com a seleção e a ACBF. Ele deixou a Laranja Mecânica após a eliminação nas quartas de final da LNF de 2019 para o Pato Futsal.
A ligação com Carlos Barbosa continua. No ano passado, o profissional recebeu o título de cidadão barbosense pela Câmara de Vereadores e mantém residência no município, na serra gaúcha.
Em busca do hexa
Marquinhos Xavier vive o maior desafio da trajetória à beira das quadras. Está em busca do hexa com a seleção brasileira de futsal no Uzbequistão. Na estreia pelo Mundial, vitória sobre Cuba por 10 a 0.
Na tarde de domingo (15), o grupo se dedicou à recuperação física em uma academia de Bucara, onde a seleção está concentrada e manda seus jogos na fase classificatória. O duelo contra a Croácia ocorre no Complexo Esportivo da cidade, que fica a 570 quilômetros da Tashkent, capital do Uzbequistão.
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