Uma liga para organizar o Brasileirão está saindo do papel. Sete clubes da Série A, segundo o ge.globo, assinaram documento para a criação do torneio. O acordo foi selado em hotel em São Paulo nesta terça-feira (3). O encontro foi promovido por São Paulo, Corinthians, Bragantino, Santos, Palmeiras e Flamengo. O América-MG foi o sétimo clube signatário. O pacto foi feito com a empresa Codajas Sports Kapital e também teve aceitação do Cruzeiro, que disputa a Segunda Divisão.
O Inter foi representado no encontro pelo presidente Alessandro Barcellos. O Grêmio não se fez presente. Na próxima semana, uma nova reunião está marcada. Desta vez, ela contará com com todos os 40 clubes que disputam as Séries A e B e será realizada na sede da CBF.
— Houve consenso entre os 40 clubes (das séries A e B). A maioria não assinou agora por motivos burocráticos, como a necessidade de se conseguir a aprovação nos seus conselhos antes e coisas do tipo — disse o presidente do Santos, Andrés Rueda.
Apesar do otimismo do dirigente santista, as ideias não são tão convergentes. Mário Celso Petraglia, presidente do Athletico-PR, não se mostrou satisfeito com as conversas.
— Para eles (clubes que promoveram o encontro), está criado, se é que existe liga de seis clubes. As coisas mudam. Pedimos que nada fosse assinado hoje, sim na CBF na semana que vem — disparou Petraglia ao deixar a reunião.
Um dos argumentos de Petraglia é que a fundação seja composta pelos 20 participantes do Brasilierão e não a reboque dos seis clubes mentores da reunião desta terça.
O Athletico é um dos 10 criadores do Forte Futebol, movimento de equipes emergentes que prometem analisar e responder com posicionamento único questões relacionadas ao futebol brasileiro. América-MG, Atlético-GO, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiá e Juventude fazem parte do movimento.
A principal discordância, de acordo com o ge.globo, está relacionada aos direitos de TV. O Codajas ofereceu uma divisão entre os clubes de 40% dos valores fixos, 30% variável por performance esportiva e 30% por audiência. O Forte quer uma distribuição mais igualitária, com a divisão sendo feita em 50% fixo, 25% pelo desempenho e 25% pela audiência.