Uma reunião na Sede das Laranjeiras selou a permanência de Abel Braga no comando técnico do Fluminense em 2018. O treinador reuniu-se com Pedro Abad nesta terça-feira e pôs fim à dúvida que já se arrastava há semanas, desde que o seu nome passou a ser alvo de outro clubes. A permanência, no entanto, já era o desfecho esperado por ambas partes, que aproveitaram o encontro para ajustar o planejamento para a próxima temporada.
Em comunicado à imprensa, o técnico disse ter recusado ofertas de clubes brasileiros - dois deles foram Palmeiras e Inter -, além de outros três times da China. O carinho do torcedor foi fundamental para a decisão tomada.
— Desde que voltei, disse que queria chegar a ser o segundo treinador a dirigir por mais vezes o clube. Esse foi um dos motivos de não ter aceitado o convite de três clubes da China e de outros aqui do Brasil. Além disso, não gostaria de largar o Fluminense nesse momento difícil. Sem falar que tenho um ótimo relacionamento com o Pedro e o Cacá (vice-presidente). Todos sabem da identificação que tenho com essas três cores. A votação do torcedor pela minha permanência, através de um site, me sensibilizou e me encheu de orgulho. Espero retribuir com um time que possa orgulhar o torcedor — declarou.
Com a permanência de Abel garantida, o clube agora irá ao mercado buscando reforçar o elenco. No entanto, a saída de jogadores, até mesmo aqueles que se destacaram em 2017, não está descartada. A situação financeira do clube impede grande investimentos e um dos caminhos traçados pela diretoria é utilizar alguns nomes como moeda de troca, até para aliviar a folha salarial.
Antes mesmo da reunião com Pedro Abad, o técnico Abel Braga já projetava 2018 no comando do Fluminense. O treinador já havia deixado claro que sua permanência não estava condicionada a grandes investimentos, mas colocaria em pauta "duas ou três ideias" visando uma temporada menos turbulenta.
Um fator que o treinador considera fundamental para alcançar melhores resultados no ano que vem é a manutenção dos salários em dia em 2018. Nesta temporada, o problema foi recorrente e a diretoria terminou o Brasileirão em débito de dois meses com os jogadores do elenco profissional.