Com direito a vaias pesadas e aplausos fortes, o Fluminense bateu a Ponte Preta em casa por 2 a 0 e garantiu a permanência na elite do Brasileirão. Com um a mais desde o primeiro tempo, Douglas e Henrique Dourado trouxeram o alívio para torcida tricolor no Maracanã, que saiu na bronca com a diretoria pelo ano decepcionante. Para Macaca, ainda restam chances de fugir da degola.
Para o Fluminense, bastava uma vitória para garantir a permanência na Série A. Na verdade, o motivo não era muito de se comemorar, mas desde que a bola rolou no Maracanã, a torcida abraçou a causa. E contagiou a equipe de Abel Braga. Nos primeiros quinze minutos, pressão em busca do primeiro gol. Dourado e Marlon Freitas testaram o goleiro Aranha no início - sem perigo.
A Ponte Preta, que precisava da vitória de qualquer forma, só foi começar a trocar passes no ataque no meio da primeira etapa. E, em uma das construções ofensivas, sofreu o contra-ataque que determinaria o jogo: Léo Gamalho foi antecipado por Henrique, que deixou para Scarpa e foi atingido por Naldo. O árbitro mandou seguir e, segundos depois, Naldo acertou Sornoza. Daronco aplicou, de uma vez só, dois amarelos ao volante.
Com um a mais desde os 30 minutos do primeiro tempo, a torcida se animou. A equipe, porém, se desencontrou. Foram 15 minutos ineficientes, para irritação dos tricolores. No intervalo, vaias ao time e xingamentos ao presidente Pedro Abad. O clima no Maracanã era tenso, digno de briga contra o rebaixamento.
No segundo tempo, após instruções de Abel, menos ansiedade e mais inteligência na construção das jogadas. Com superioridade numérica, era questão de tempo para pressão furar a defesa da Macaca. Matheus Alessandro entrou no lugar de Marlon Freitas e quase abriu o placar de cabeça, na trave. Minutos depois, Sornoza cobrou escanteio, Henrique cabeceou e, após confusão na pequena área, Douglas botou pra dentro. Explosão da torcida do Fluminense que, ao menos, ganhara o alívio de permanecer na elite com antecedência.
Com o resultado em mãos e sem correr riscos, o pressionado elenco tricolor quis mostrar mais. Dourado, ainda buscando a artilharia do Brasileirão, perdeu gol mais fácil que pênalti: driblou dois na área e bateu de chapa - Aranha defendeu. Já no fim, pegou rebote de lindo chute de Scarpa e, sozinho completou. Alívio e protestos da torcida no Maracanã.