Por Amanda Munhoz e Leandro Behs
O perfil do novo técnico do Inter está traçado. Depois de demitir Guto Ferreira no vexatório 1 a 1 com o Vila Nova no Beira-Rio, jogo que poderia sacramentar matematicamente o time na Série A, a direção trabalha para trazer um cascudo para o vestiário colorado em 2018. Está cansada de apostas e já não acredita em soluções a longo prazo. Há pouco tempo para a remontagem de uma equipe que seja competitiva na Série A - caso o clube se classifique. O primeiro grande desafio para 2018 é permanecer na Primeira Divisão. O segundo, voltar à Libertadores - o que seria uma resposta à torcida, ainda mais em um ano eleitoral no Beira-Rio.
Por isso, Abel Braga é o ficha número 1. Foi com ele em 2014, que Marcelo Medeiros (atual presidente do Inter e então vice de futebol) e Roberto Melo (vice de futebol e, à época, diretor de futebol) levaram o Inter à Libertadores. E, ao final, do ano, com o voto do associado, foram derrotados por Vitorio Piffero.
Abel mantém até hoje um bom relacionamento com Medeiros e com Melo, além de ser amigo pessoal de Fernando Carvalho - no Rio, já se comenta que Abel Braga está deixando o Fluminense. Caso o clube não tenha sucesso com o treinador carioca, Cuca surge como alternativa. Em 2012, estava apalavrado com Carvalho para assumir o clube, mas o torcedor, via redes sociais através de telefonemas para o quadro social, rechaçou o nome. Dorival Júnior foi contratado.
A terceira via, que é defendida por parte da gestão do Inter, é Roger Machado. O ex-lateral gremista é visto como um estrategista. Ainda que não tenha tido sucesso como técnico do Grêmio nem do Atlético-MG, tendo sido demitido dos dois clubes, e estando sem comandar um time desde julho.
Ainda que o treinador para 2018 não esteja contratado, há a certeza de que o clube não quer novas apostas na casamata, como foram os casos de Antônio Carlos Zago e de Guto Ferreira. A certeza para o ano que vem é que haverá investimento para a contratação do novo treinador, o que não aconteceu em 2017, por conta das dívidas e dos atrasos de direitos de imagem dos jogadores deixados pela gestão Vitorio Piffero.