Maior rival de Ayrton Senna na Fórmula 1, Alain Prost não ficou longe do automobilismo desde que "pendurou o capacete". Ele competiu em categorias menores, montou equipes e também foi conselheiro de escuderias.
Prost disputou o Mundial de Fórmula 1 entre 1980 e 1993, sendo que ficou um ano (1992) fora das pistas. Durante toda a carreira de Senna na categoria, eles só não disputaram as curvas em 1992 e nas três primeiras provas de 1994, já que o brasileiro disputou o campeonato entre 1984 e 1994. A rivalidade entre os dois é retratada na minissérie "Senna", da plataforma de streaming Netflix.
Tetracampeão, com títulos em 1985, 1986, 1989 e 1993, o francês disputou 199 GPs e venceu 51 vezes, sendo o recordista no número de vitórias quando se aposentou. Atualmente a marca pertence a Lewis Hamilton, com 105 primeiros lugares.
Prost deixou a Fórmula 1 após conquistar o título de 1993, quando pilotava pela Williams. Ele tinha mais um ano de contrato, mas optou por se retirar para não ser, mais uma vez, companheiro de equipe de Senna — os dois foram colegas na McLaren.
Atualmente, Prost está com 69 anos. Seu último envolvimento com o automobilismo ocorreu em 2022, ano em que deixou o cargo de conselheiro da equipe Alpine, função que desempenhava desde 2019, quando a escuderia ainda se chamava Renault.
Nos 31 anos em que vive longe dos cockpits, o ex-piloto foi dono da equipe Prost, na Fórmula 1, e da E.dams, equipe que competiu na Fórmula E.
A Prost disputou 83 GPs, entre 1997 e 2001, e não vence nenhuma corrida. A ideia era montar um time 100% da França, com pilotos, combustível, pneus e motores de empresas oriundas do país. Depois da vida na Fórmula 1, Prost competiu em provas no gelo e campeonatos de turismo.
Antes do GP São Paulo deste ano, Prost falou em um evento sobre como seria a relação deles caso o brasileiro não tivesse morrido.
— Eu adoraria ter uma última conversa com ele. Esse era o plano. Estávamos conversando no final de 1993 e no início de 1994. Tínhamos uma conexão, mais de uma ligação por semana. Estávamos falando sobre o presente, o futuro e o que aconteceu no passado, mas não muito. Com certeza, se pudéssemos compartilhar uma bebida, eu teria muitas perguntas, muitas conversas — disse o francês.