Durante a graduação, além das disciplinas obrigatórias de cada curso, o acadêmico precisará definir cadeiras optativas (que fazem parte da carga horária do curso) e eletivas (que não necessariamente constam na grade, mas possibilitam o estudo de componentes de seu interesse). Nos dois casos, é importante levar em conta as considerações que podem fazer a diferença.
— É importante que, ao escolher as disciplinas que quer cursar, o estudante tenha como referência o seu projeto em relação à vida profissional — aconselha Adriana Ziemer Gallert, pró-reitora Acadêmica da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).
Um dos conselhos é que o aluno busque saber antecipadamente sobre as temáticas e os conhecimentos técnicos das disciplinas que pretende cursar, explica Ana Luisa Freitag, psicóloga e coordenadora da Rede de Carreiras da Universidade do Vale do Taquari (Univates). Depois, é preciso avaliar se alguma das opções pode ajudar a conseguir um estágio ou construir o trabalho de conclusão, por exemplo.
— Este processo de escolha poderá oportunizar ao estudante diferentes experiências e vivências em um contexto multidisciplinar de trocas e aprendizados que poderão ser fundamentais em sua trajetória acadêmica para desenvolver competências e habilidades importantes para o mercado de trabalho — complementa a especialista.
Todas as áreas
Adriana e Ana Luisa destacam temas transversais que são importantes para a formação acadêmica e podem ajudar na hora de escolher entre optativas e eletivas. Diversidade, relações étnico-raciais, educação em direitos humanos, avanços tecnológicos, inovação, inteligência artificial, uso e monitoramento da tecnologia, persuasão e negociação, habilidades socioemocionais, ESG (sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa) são alguns dos exemplos.
Como conselho na hora de selecionar o que vai estudar, a dica é pensar em quais causas se pretende atuar, assumindo o protagonismo de sua formação, destaca Adriana. Nessa perspectiva, a curiosidade e o protagonismo oportunizarão que os estudantes não façam uma escolha aleatória de disciplinas, mas considerando que tipo de profissional desejam ser.
— Entre tantas opções, comece compreendendo melhor suas motivações. Faça uma lista inicial das que fazem sentido ou não, considerando o momento presente da formação. Atente também para as disciplinas que não estão vinculadas diretamente com o curso, pois estas também podem trazer experiências interessantes na sua trajetória profissional — aconselha Ana Luisa.