A sede do Instituto Flores da Cunha, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, está sem luz há duas semanas depois que cabos de energia foram furtados. Com isso, aulas estão sendo ministradas em horário reduzido e professores precisam improvisar para compensar a falta de iluminação.
Retomadas mesmo sem o retorno da energia, as aulas estão começando mais tarde e terminando mais cedo pra aproveitar a luz natural. No entanto, em dias como os desta semana, com tempo nublado e chuvoso, a situação fica ainda pior. Para tentar amenizar, professores precisaram improvisar. Um deles, por exemplo, é o professor de ciências, Marcus Fraga, que levou três lâmpadas de LED portáteis que ele mesmo comprou para, ao menos, iluminar as anotações no quadro.
— É difícil, pois temos menos tempo pra dar todo o conteúdo. Além disso, a falta de energia prejudica o aprendizado e concentração dos alunos — relata o professor.
Além disso, computadores novos que haviam chegado no último mês, sequer saíram das caixas, e ainda não puderam ser utilizados pelos alunos em razão da falta de energia. Já os alimentos da merenda que precisam ser refrigerados foram levados para outra sede.
Ao todo, a instituição do bairro Rio Branco atende a 650 crianças e adolescentes do Ensino Fundamental e Médio. Os cabos foram furtados no dia 7 de junho, e até então não houve conserto na rede de energia.
A diretora da escola, Alessandra Lemes aponta preocupação dos educadores pelo tempo de espera:
— Nosso sentimento é de indignação, pelo furto, uma atitude criminosa sem obviamente pensar nas consequências, e pela morosidade na resolução, pois até agora estamos aguardando — afirma a diretora.
O pedido foi encaminhado pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para a Secretaria Estadual de Obras e Habitação, que informou que os elementos técnicos para a contratação do serviço de reparo serão encaminhados para a Seduc até esta quinta-feira (23). A Seduc, então, passará os valores para que a contratação fique a cargo do instituto, por meio da modalidade Autonomia Financeira. Logo, o prazo para a execução dependerá disso.
Ao longo das últimas duas semanas, a escola relatou que a justificativa para o atraso estava na necessidade de um novo projeto elétrico que atendesse às novas normas da CEEE/Equatorial, responsável pela distribuição de energia.