Movimento que afirma reunir 400 educadores no Rio Grande do Sul, sendo pelo menos 50 da Universidade Federal do RS (UFRGS), o Professores Livres pelo Brasil (ProLivres) celebrou a nomeação de Carlos André Bulhões Mendes para a reitoria da instituição como um avanço em relação à atual gestão. Conforme o porta-voz Edison Pignaton de Freitas, professor do Instituto de Informática da UFRGS, Bulhões tem ideias mais efetivas e técnicas para a gestão da universidade.
— Já conhecia o trabalho dele, e na campanha também ficou claro que é um gestor muito técnico. Conseguiu montar um laboratório de primeira linha no Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS (onde é docente). Infelizmente, há um preconceito na academia, onde a esquerda domina. Mas certamente ele tem todas condições de fazer um bom trabalho — afirmou Freitas.
Ele considera natural que o presidente Jair Bolsonaro tenha escolhido o nome mesmo tendo sido o terceiro na lista de mais votados na consulta interna da universidade, uma vez que os demais concorrentes seriam, na opinião do ProLivres, mais ligados ao pensamento de esquerda.
— Isso não é ser interventor coisa nenhuma — afirma Freitas, contrapondo-se a críticas de parte de professores, alunos e servidores. — A escolha do reitor é uma prerrogativa do presidente e aos poucos os professores e pesquisadores sem envolvimento ideológico verão como o trabalho do Bulhões poderá melhorar a universidade.
O ProLivres é uma dissidência de outro movimento identificado com a direita, o Docentes Pela Liberdade (DPL), lançado no ano passado. Em material que circula pelas redes sociais, o DPL também se posiciona sobre a escolha: "O DPL deseja ao magnífico reitor da UFRGS uma excelente trajetória acadêmica".