A greve dos professores do Estado do Rio Grande do Sul completa dois meses neste domingo (5). Desde setembro, a categoria está de braços cruzados contra diversas medidas adotadas pelo governo gaúcho, como o parcelamento e congelamento dos salários, além da proposta de retirada da Proposta de Emenda Constitucional 257, que altera prazos de pagamentos aos servidores.
Na próxima semana, núcleos regionais do Cpers vão se reunir e analisar última proposta apresentada pelo governo gaúcho. Ainda que os termos apresentados pelo Piratini tenham sido rejeitados em assembleia, o Cpers deve analisar o tema para fazer uma contraproposta.
Na quarta-feira passada, reunião promovida pela Secretaria de Educação reuniu grevistas e governo gaúcho. O Estado se comprometeu a retomar o pagamento em dia dos servidores públicos estaduais a partir de 30 de dezembro deste ano.
No entanto, segundo o Piratini, isso só será possível quando ocorrer o ingresso dos recursos provenientes da venda das ações do Banrisul, ocorrer a adesão do Estado ao Plano de Recuperação Fiscal e a confirmação do crescimento econômico projetada para os próximos meses. O último dado do governo do Estado aponta que somente 76 escolas gaúchas, de um total de 2.545 instituições, estão totalmente paralisadas. Já o Cpers diz que a adesão à greve é maior, e que diversas instituições funcionam parcialmente.