A população ocupada no Brasil chegou ao maior patamar da série histórica, iniciada em 2012, ao atingir 100,7 milhões de pessoas em 2023. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número representa um crescimento de 3,8% na comparação com o ano anterior. Houve aumento desse indicador em 22 unidades da federação, com destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%).
Taxa de desemprego
A taxa média de desocupação no Brasil fechou o ano de 2023 em 7,8%. O índice representa uma queda de 1,8% em relação à media de 2022. Quanto ao quarto trimestre de 2023, a taxa foi de 7,4%, uma queda de 0,3 ponto percentual (p. p.) em relação ao trimestre anterior (7,7%) e 0,5 ponto percentual frente ao mesmo trimestre de 2022 (7,9%).
População desocupada
A população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas, caindo 1,8 milhão (-17,6%) frente a 2022. Nesse período, 25 unidades da federação registraram queda no número de desocupados. Enquanto Mato Grosso do Sul se manteve estável (0,0%), em Roraima, o número de pessoas em busca de trabalho cresceu 38,5% no ano. As maiores quedas nesse contingente foram registradas no Acre (-45,7%), no Espírito Santo (-34,1%) e no Maranhão (-29,7%).
Taxa média de desemprego cai de forma expressiva em 26 das 27 unidades da federação
As principais reduções no período foram registradas pelo Acre (baixa de 4,9 ponto percentual), Maranhão (recuo de 3,5), Rio de Janeiro (declínio de 3,2) e Amazonas (queda de 3,2 ponto porcentual).
O único Estado com aumento na taxa de desocupação foi Roraima, alta de 1,7 ponto, de 4,9% em 2022 para 6,6% em 2023
Os Estados com taxa de desemprego em mínimas históricas em 2023 foram Rio Grande do Norte (10,7%), Alagoas (9,2%), Acre (7,5%), Tocantins (5,8%), Minas Gerais (5,8%), Espírito Santo (5,7%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,2%).
Na média anual, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (13,4%), na Bahia (13,2%) e no Amapá (11,3%), enquanto as mais baixas ocorreram em Rondônia (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Santa Catarina (3,4%).
Desemprego: homens x mulheres
O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no país no quarto trimestre de 2023. A taxa de desemprego foi de 6% para os homens no trimestre, ante um resultado de 9,2% para as mulheres.
Por cor ou raça, a taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 5,9%, muito aquém do resultado para os pretos (8,9%) e pardos (8,5%).
Já para as pessoas com ensino médio incompleto, a desocupação foi de 13%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 3,6%.