Desde o ano passado, um dado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) vem chamando atenção dos economistas: o crescimento da massa salarial.
Depois de registrar níveis máximos mensais, a massa salarial terminou 2023 com recorde no ano com a menor taxa de desemprego desde 2014.
O novo recorde é de R$ 301,6 bilhões, o que segundo o economista André Perfeito, significa que a “quantidade de dinheiro na mesa” da economia está em bom patamar. Assim como havia feito no ano passado, Perfeito avalia que esse patamar reitera "leitura mais benigna para o PIB de 2024".
A estimativa do economista sé de crescimento de2,2% neste ano, acima do 1,6% projetado pela maioria refletida no boletim Focus, do Banco Central (BC). E embora já houvesse evidências, em agosto do ano passado, que o avanço do PIB seria maior do que se esperava, a previsão do economista se confirmou.
Perfeito pondera, ainda, que o recorde da massa salarial - quanto circulou na economia em remuneração do trabalho - se deve ao fato de haver mais pessoas trabalhando, porque o rendimento médio real - média individual recebida no ano - ficou estável.
— Isso sugere que as pressões salariais estão em alguma medida sob controle, o que pode ajudar a evitar elevação de custos dos empresários, especialmente em setores ligados aos serviços.