Aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados na semana passada, a proposta de reforma da Previdência deve representar uma economia de R$ 933,5 bilhões em 10 anos, informou o governo nesta quinta-feira (18). A estimativa considera uma redução de R$ 914,3 bilhões em despesas previdenciárias e um aumento de R$ 19,2 bilhões em receitas com a alta de alíquota de contribuição social sobre lucro líquido (CSLL) para bancos.
Mais cedo, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que a economia ficaria acima de R$ 800 bilhões. Os dois números ficam abaixo da versão original da reforma, enviada pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro. Ela previa um corte de R$ 1,236 trilhão em uma década e não incluía elevação de tributos para instituições financeiras.
Mudanças feitas no texto pela Câmara explicam a redução no impacto com a medida. Para aprovar a proposta, o governo teve que recuar em alguns pontos, como regras de aposentadoria para homens e mulheres da iniciativa privada, policiais federais, professores, além de poupar trabalhadores rurais.
Por ser uma alteração no texto da Constituição, a reforma ainda precisa ser aprovada em um segundo turno na Câmara. Depois disso, segue para o Senado, onde também será votada em dois turnos.
Quando a Câmara concluiu, na semana passada, o primeiro turno da análise da reforma, o governo chegou a prever que a economia com a proposta ficaria próxima de R$ 900 bilhões.
— É a maior alteração feita no sistema previdenciário brasileiro — disse o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Ele disse que o impacto estimado para a reforma da Previdência é mais de duas vezes superior ao que se esperava para a proposta de reestruturação do ex-presidente Michel Temer, que falhou ao tentar aprovar a medida no Congresso.