As transferências por Pix alcançaram na quarta-feira (15) o maior número da semana, enquanto críticas e pressões levaram o governo a revogar a norma que ampliava o rol de instituições obrigadas a repassar informações à Receita Federal. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Foram registradas 171 milhões de operações, com valor médio de R$ 530,08. Embora a quantidade de transações seja a maior da semana iniciada na segunda-feira (13), é menor do que as contabilizadas em todos os dias da semana anterior.
O valor médio das transferências, por sua vez, é o maior desde o dia 6 de janeiro, quando a média foi de R$ 621,71. Os dados do Pix são influenciados por sazonalidades e outros fatores, como a disponibilidade de recursos nas contas dos usuários.
Dezembro, por exemplo, geralmente apresenta volumes maiores de transferências devido ao pagamento do décimo-terceiro salário para trabalhadores com carteira assinada. Outra sazonalidade observada ocorre nos dias 5 de cada mês, período em que muitos salários são pagos no setor privado, resultando em aumento das transferências nos dias subsequentes.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a sazonalidade como motivo para refutar alegações de que críticas à mudança nas regras e notícias falsas sobre uma possível tributação do Pix teriam reduzido seu uso.
Em janeiro, até quinta-feira (15), a média de transações foi de 163,9 milhões, um número 11% menor que o registrado em dezembro (184,2 milhões), mas 30,4% maior que o da primeira quinzena de 2024, quando a média era de 125,7 milhões.
Após a repercussão negativa, o governo revogou a norma da Receita.
A principal oposição à medida veio de um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que superou 280 milhões de visualizações.