A revolução econômica chinesa tem um dos principais trunfos calcados na educação, na ciência e na tecnologia. Somente neste ano, a previsão de novos formandos universitários é de 8,2 milhões de pessoas, segundo dados do Ministério da Educação na China. No ano passado, o canudo de curso superior foi conquistado por 7,95 milhões de estudantes – 300 mil a mais do que no ano anterior. Para pesquisa, sobram recursos. O número de patentes industriais já é superior ao dos Estados Unidos.
Os investimentos fizeram o país ser reconhecido internacionalmente como inovador em áreas como aeronáutica, informática, mídia social, trens de alta velocidade, mobilidade urbana e energias renováveis. Em 2016, a China foi o país que teve o maior índice de investimento em pesquisa e desenvolvimento em relação ao PIB, com 2,1%.
No mesmo ano, o país asiático participou com 15% do total de trabalhos publicados e referenciados no Science Citation Index – ficando em segundo lugar no ranking mundial.
A trajetória chinesa tem atraído atenção mundial de pesquisadores. Somente na UFGRS, nos últimos 15 anos, foram produzidos cerca de 400 documentos acadêmicos (entre artigos, dissertações, teses e relatórios) sobre a China em diferentes áreas do conhecimento.
– Atualmente, professores, pesquisadores e órgãos da universidade mantém 24 convênios de cooperação com importantes universidade chinesas – detalha Antonio Domingos Padula, diretor brasileiro do Instituto Confúcio na UFRGS, criado em 2012.
Além do ensino da língua e da cultura chinesas – são cerca de 250 alunos por semestre –, o instituto pretende expandir as atividades com a criação do Centro Sino-Brasileiro de Estudos e Cooperação. O centro receberá professores, pesquisadores e estudantes brasileiros e chineses envolvidos em diferentes áreas de pesquisa.