Após 34 anos sem participar da feira, jumentos estão de volta à Expointer. Nesta 46ª edição, 10 exemplares de equídeos da raça pêga, que foi introduzida no Brasil por volta de 1534, estão no parque Assis Brasil.
Os animais vieram de Itapetiniga, no interior de São Paulo, trazidos pelo criatório Campeãs da Gameleira. O tratador Wilter Gomes Nery pontua que foram trazidos jumentos e uma mula e explica a diferença.
— Quando um jumento é cruzado com uma égua, os filhotes serão, se for do sexo feminino, uma mula, ou se for do sexo masculino, um burro.
O criador Martin Frank Herman, que trouxe os animais ao RS, explica que o tempo de vida dos jumentos é similar ao de um cavalo, na faixa de 27 a 30 anos. Ele comenta que o jumento da raça pêga é o único reconhecido pelo Ministério da Agricultura. Segundo ele, um animal adulto saudável pode ser vendido pelo valor de R$ 5 mil a R$ 7 mil, mas no caso de animais premiados, o valor pode subir a R$ 50 mil, chegando a R$ 300 mil e, em alguns casos, alcançando R$ 1 milhão.
Na Expointer, os jumentos não participarão de disputas pois há apenas uma cabanha inscrita, embora haja a expectativa de que os animais sejam vendidos, segundo Herman.
Em outro pavilhão, o proprietário da Cabanha Dorper Anamélia, de Nova Roma do Sul, na Serra, Marcio Dedea, 45 anos, fez a sua estreia na Expointer 2023 com seis ovelhas.
— Crio há quatro anos, mas essa é minha primeira vez aqui. Eu trouxe seis animais, um macho adulto, dois borregos (filhotes) e duas fêmeas adultas — detalha.
Dedea conta que preparou e separou os melhores animais para competirem na quarta-feira (30), na avaliação da raça dorper, que é originária da África do Sul. Além da competição, ele ainda espera vender todos animais. Neste sábado (26), ele vendeu um dos machos.
Os búfalos e os cavalos também chamaram a atenção dos visitantes da feira, que paravam para tirar fotos com os animais. Neste ano, a Expointer conta com 3.480 animais de 89 raças na modalidade de argola. Aves e pássaros não participam em prevenção à influenza aviária.