Em evento que levou para a frente da Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos, produtos que chegarão ao mercado no futuro, como tratores sem cabine e movidos a biometano, a CNH Industrial comunicou a investidores a divisão dos negócios de máquinas e veículos a partir de 2021. No portfólio da multinacional, com sete fábricas no Brasil, estão marcas como New Holland, Case IH, Iveco e FPT Industrial. No mesmo dia, a companhia anunciou a aquisição de uma empresa focada em gestão de dados nas lavouras.
A separação dos negócios e a aquisição da empresa de gerenciamento agrícola integram o plano estratégico de negócios para os próximos cinco anos — quando a companhia pretende crescer 5% anualmente em vendas e investir US$ 13 bilhões.
— Chegamos à conclusão de que a criação de duas empresas, buscando a liderança nos seus respectivos segmentos, é o único caminho viável a seguir — afirmou o presidente global da CNH Industrial, Hubertus Mühlhäuser.
Pela nova divisão, as marcas de máquinas agrícolas e de construção Case e New Holland ficarão no segmento "Off-Highway" — fora da estrada. Em 2018, teve receita global de US$ 13,1 bilhões. Já os veículos comerciais da Iveco e motores da FPT Industrial ficarão no "On-Highway" — dentro da estrada. Junto, esse grupo faturou US$ 15,6 bilhões no ano passado.
— Nos próximos 15 meses, entregaremos o portfólio dessa transformação — resumiu Mühlhäuser.
Com atuações independentes, ainda sem nome definido, as duas empresas serão listadas de forma individual na Bolsa de Nova York e da Itália a partir do primeiro semestre de 2021.
Companhia compra empresa de gestão de dados nas lavouras
No mesmo dia, durante evento na Bolsa de Nova York, a CNH Industrial comunicou a investidores a compra da AgDNA — empresa especializada em gerenciamento de dados nas lavouras. Segundo o presidente global da CNH Industrial, a ambição da empresa na agricultura é tornar-se líder em soluções sustentáveis.
Queremos fortalecer a nossa linha de produtos, acelerando a automação e a digitalização da agricultura, aumentando a produtividade no campo.
DEREK NEILSON
Presidente global do segmento agrícola da CNH Industrial
— E as principais prioridades que apoiarão esse objetivo são a duplicação de soluções agrícolas de precisão, o melhor posicionamento de nossas marcas e o fornecimento de desempenho e qualidade superiores — disse Mühlhäuser.
Com a aquisição da AgDNA, a empresa pretende integrar informações de telemetria e gestão da frota já geradas pelas máquinas com dados agronômicos e climáticos produzidos por sistemas de terceiros. A plataforma será aberta para permitir a integração de diferentes marcas de equipamentos nas lavouras.
— Queremos fortalecer a nossa linha de produtos, acelerando a automação e a digitalização da agricultura, aumentando a produtividade no campo — afirmou Derek Neilson, presidente global do segmento agrícola da CNH Industrial.
*A jornalista viajou a convite da CNH Industrial