Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da rede Magazine Luiza, está entre as 25 mulheres mais influentes de 2021, eleitas pelo jornal britânico Financial Times. Ela é a única brasileira na lista divulgada nesta quinta-feira (2).
Reconhecida como uma das mulheres de negócios e líderes sociais mais conceituadas do país, Trajano foi descrita pela publicação como ainda mais admirável por conta da desigualdade social no Brasil.
"Notável em um país com grande desigualdade social e onde a elite empresarial costuma ser acusada de viver em uma bolha. Ela atribui o seu sucesso a uma empatia natural com funcionários e clientes e ainda viaja constantemente pelo vasto território brasileiro, visitando lojas, ouvindo as preocupações dos funcionários", escreveu a jornalista do Financial Times Gillian Tett.
Trajano começou a trabalhar aos 17 anos na loja de calçados da família, no município de Franca, em São Paulo, e transformou seu negócio em uma das maiores potências da América Latina. Segundo o jornal britânico, o grupo Magazine Luiza está avaliado em mais de US$ 10 bilhões, equivalente a R$ 56,1 bilhões, e emprega mais de 40 mil funcionários.
O Financial Times realiza anualmente a seleção das Mulheres do Ano, com o objetivo de celebrar as conquistas femininas, além de suas influências, nos mais diversos lugares do mundo.
Líderes, Heroínas e Criadoras
A lista é dividida em três categorias que exaltam liderança, criação e protagonismo. Indicada entre as líderes, Trajano aparece junto da nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), e da política norte-americana Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos.
A atriz Scarlett Johansson e a produtora e roteirista Shonda Rhimes, ambas norte-americanas, foram escolhidas para a categoria das criadoras, além da cineasta chinesa Chloé Zhao.
Entre as heroínas selecionadas está a cientista de dados Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook, que liberou à imprensa documentos da empresa após deixar seu cargo em maio deste ano e deu origem aos chamados Facebook Papers.