A massa muscular desempenha um papel fundamental no bem-estar do corpo humano. Além de fornecer força e resistência física, os músculos são cruciais para diversos processos metabólicos e funcionais do organismo.
No entanto, alcançar — e manter — uma massa muscular saudável requer mais do que apenas desejo. Certos hábitos podem minar seus resultados e até mesmo prejudicar a sua saúde. Confira alguns deles:
1. Falta de consistência nos treinos
A falta de consistência nos treinos prejudica o ganho de massa muscular, pois os músculos precisam de estímulo regular para crescer. Treinos intermitentes não permitem adaptações musculares eficazes. Além disso, resultam em perda de condicionamento, levando a treinos menos eficazes quando retomados.
A inconsistência também afeta a dieta e o sono, impactando negativamente o ganho muscular. Portanto, para resultados sólidos, é vital manter uma programação constante de treinamento a longo prazo.
2. Não variar os exercícios
Ficar preso na mesma rotina de exercícios por muito tempo pode levar a uma adaptação do corpo, diminuindo os ganhos. Por isso, tente variar os exercícios e mude o programa de treinamento periodicamente.
“É interessante que tenha variação e seja feita uma troca periódica no treinamento. Pode ser a cada 30 ou 40 dias, dependendo da frequência que a pessoa tem na academia”, diz o personal trainer Caio Signoretti.
3. Má técnica de execução
Realizar os exercícios de forma errada não ativa corretamente as fibras musculares. Isso resulta em menos estímulo para o crescimento. Além disso, aumenta o risco de lesões, levando a interrupções nos treinos.
A técnica adequada é crucial para promover o desenvolvimento eficaz dos músculos, sendo fundamental para o progresso consistente e seguro na busca por ganho de massa muscular.
4. Não descansar o suficiente
O descanso é crucial para o crescimento muscular. “Dormir as 8 horas por dia é indispensável”, explica a nutróloga Dra. Marcella Garcez.
“Além de ajudar a manter a massa magra e regenerar as fibras musculares, o nosso organismo precisa desse descanso reparador para melhorar a resposta imune”, acrescenta a médica.
5. Treinos excessivamente longos
Treinos excessivamente longos aumentam o risco de overtraining, nome dado para quando os músculos não têm tempo suficiente para recuperação. Isso pode levar ao catabolismo muscular e à diminuição dos ganhos. O primeiro passo para não chegar a essa situação é procurar um profissional para acompanhar e montar os treinos.
“Quando um professor vai elaborar um treino, leva diversos fatores em consideração: objetivo, rotina, e o descanso deve estar nessa periodização, conforme a necessidade de cada um”, explica o educador físico José Corbini.
6. Má alimentação
Uma dieta inadequada pode ser um dos maiores obstáculos para ganhar massa muscular. A nutricionista Karoline Silva diz que, para aumentar a massa magra, o treino e a alimentação devem caminhar juntos.
“Se você não seguir uma dieta adequada, não terá energia necessária para malhar e evoluir no treino. Isso fará com que o ganho de massa fique mais lento. Caso siga uma dieta para ganho de massa e não pratique exercícios, pode conseguir o resultado inverso, que é engordar”, explica.
7. Não manter a hidratação
A água é essencial para várias funções metabólicas, incluindo a síntese proteica. A desidratação pode reduzir o desempenho nos treinos, causar fadiga precoce e prejudicar a recuperação muscular, impedindo o ganho de massa.
Beber água regularmente é crucial para otimizar o crescimento muscular.
8. Excesso de cardio
Fazer muitos exercícios cardiorrespiratórios pode queimar calorias em excesso e atrapalhar o ganho de massa muscular. Além disso, atividades aeróbicas em demasia podem elevar os níveis de cortisol, um hormônio catabólico, diminuindo a síntese de proteínas musculares e, consequentemente, reduzindo o potencial de ganho muscular.
Logo, é importante equilibrar o cardio com o treinamento de resistência.
9. Pular refeições
Pular refeições reduz a ingestão de nutrientes essenciais, como proteínas, carboidratos e gorduras. Isso limita a disponibilidade de energia e de materiais necessários para a recuperação e o crescimento muscular. Além disso, leva a oscilações nos níveis de açúcar no sangue, resultando em menos energia para treinar intensamente.
“Quando ficamos um longo período sem comer, sentimos mais fome e nosso organismo armazena mais calorias do que quando consumimos de forma fracionada”, explica a nutricionista Flávia da Silva Santos.
10. Estresse excessivo
O estresse crônico libera o hormônio cortisol que promove a quebra de proteínas musculares e inibir o crescimento. Além disso, essa reação do organismo pode impactar negativamente o sono, a alimentação e a motivação para treinar.