Em um ano marcado pelo isolamento, muitas pessoas viram seu corpo mudar. Algumas aprenderam a lidar com os quilos a mais na balança, mas outras recorreram a dietas para voltar ao antigo manequim.
Nas redes sociais, alguns regimes foram mais comentados neste ano - como, por exemplo, o Sirtfood, escolha da cantora Adele. Também a autofagia, que conquistou adeptas nos últimos meses. Ao longo do ano, nossas colunistas Paula Pinto e Raquel Lupion, ambas nutricionistas, explicaram tudo sobre essas dietas - inclusive, os riscos de cada uma.
Saiba mais sobre cada um dos protocolos alimentares em mais um capítulo da nossa Donna Retrô:
Autofagia
Nas redes sociais, uma das mais comentadas é a dieta da autofagia, um padrão alimentar associado à longevidade e à perda de peso. Trata-se de um processo de regeneração natural em nível celular no corpo que, consequentemente, reduz a probabilidade do surgimento de algumas doenças, aumentando a expectativa de vida.
Há estudos que analisam se é possível criar dietas ricas em nutrientes que estimulam as proteínas causadoras da autofagia. Além disso, existe uma associação desses métodos com benefícios no controle de peso, sendo uma estratégia positiva para quem busca o emagrecimento.
Apesar de testes envolvendo camundongos, como relatou a nutricionista Paula Pinto em sua coluna, ainda não há pesquisas concretas que mostrem a ação em humanos. Também não está claro quanto tempo nós precisamos seguir o jejum intermitente - que faz parte do protocolo - para sentir os efeitos da autofagia.
Sirtfood
Segundo tabloides britânicos, o protocolo alimentar que ajudou a cantora Adele a perder peso é o chamado Sirtfood, que prioriza alimentos ricos em antioxidantes e que estimulem as sirtuínas - proteínas que podem causar um efeito sistêmico de queima de gordura. A dieta é dividida em três etapas, todas com restrição calórica agressiva.
A Sirtfood é uma dieta de fases, parecida com a chamada dieta da proteína. Uma das diferenças é que o regime de Adele tem um número menor de refeições, já que o período de tempo em que quem faz pode se alimentar ao longo do dia também é reduzido.
Quem adere ao protocolo passa a se alimentar com base nos alimentos relacionados à sirtuína: couve, rúcula, cebola roxa, cúrcuma, chá verde, morango, tâmara, castanhas. Agora, a surpresa, que faz tanta gente querer aderir também: inclui também chocolate 70% e vinho tinto.
Na primeira fase, a Sirtfood permite, em média, mil calorias por dia. Na sequência, o indicado são cerca de 1,5 mil calorias diárias, enquanto na terceira fase não há uma indicação específica de calorias. Nas três, a alimentação é baseada em pratos com muitas fibras, além do famoso suco verde.
Ainda não há evidências científicas que comprovem a eficácia desta estratégia alimentar, assim como também não está clara a relação entre a restrição calórica com o aumento da ingestão de sirtuína.
Dieta intuitiva
Foi criada por duas nutricionistas norte-americanas e é moldada por 10 leis. O principal objetivo é deixar de lado a contagem de calorias e aprender a comer sentindo o que seu corpo precisa, explica nossa colunista Paula Pinto.
Entre as chamadas "leis" da dieta intuitiva, está, por exemplo, rejeitar regimes para perder peso rápido. O método também prega que você deve manter-se alimentada com energia e carboidratos o suficiente, justamente para não entrar em estado de fome excessiva.
Outro ponto que atraiu seguidores é que o protocolo intuitivo prega o fim da "polícia da comida": você não deve se sentir mal por ter comido um bolo de chocolate. "Tenha em mente que o que você come não define quem você é", frisa Paula.