Eu já contei por aqui diversas vezes que eu não resisto a um convite para ir em algum restaurante com uma boa e farta mesa italiana. Na nossa última ida a Gramado, eu e a Anahís tínhamos um roteiro de 10 lugares para ir, mas é claro que sempre arrumamos um jeitinho de incluir mais um. Ainda mais quando este se trata da Nonno Mio. A tradicional galeteria da Serra sempre esteve na listinha de restaurantes para conhecer e este era o momento perfeito.
Há 38 anos, a Nonno Mio serve o galetinho al primo canto e se tornou um clássico de Gramado. A cantina de origem familiar atualmente é administrada pelo neto Felipe Andreis e pelo tio Pedro Andreis, que seguem à risca o que os avós começaram. Justamente por isso, tudo é produzido na casa, desde as massas e pães, até a polenta e os temperos dos frangos.
A frente do restaurante é super convidativa com um pequeno jardim na entrada e a fachada é coberta por plantas verdes. Logo que entramos, a impressão que tivemos é de estar em uma adega, já que o ambiente é decorado com vários quadros porta-rolhas. Nas paredes há fotos das gerações mais antigas da família e dos clientes e pratos de cerâmicas pintados à mão, espalhados pelo salão. O restaurante comporta 150 pessoas mas, devido às medidas de combate ao novo coronavírus, está atendendo com apenas metade dessa capacidade, e o uso de máscara é obrigatório ao transitar pelo ambiente.
Ambiente devidamente apresentado, vamos ao que interessa. O cardápio é bem vasto e tem opções para todos os tipos de fome e gostos. Tem pratos à la carte de massas, risotos, peixes. Há algumas opções sem glúten.
Mas como não estávamos para brincadeira, fomos logo no rodízio (R$ 92), com tudo o que a gente tem direito, por favor! Em seguida, veio o garçom com um pãozinho caseiro - daqueles de nona mesmo, me lembrou muito da minha avó que faz pães deliciosos - ainda quentinho, um azeite de oliva e queijo ralado.
Mas temos que confessar que o que mais nos incentivou a optar pela sequência foi a sopa de capeletti, que abre os trabalhos do que virá pela frente. Sim, dia 27 de novembro, quase verão e eu e a Anahís querendo uma sopinha. Mas convenhamos que o clima de Gramado convida para esse cardápio, ainda mais que estava um dia meio chuvoso. E não sei se nós estávamos com muita vontade, mas essa estava muito saborosa.
Depois da sopa, hora das saladas e dos principais. O radicci com bacon, a maionese de batata, a polenta brustolada , polenta à la brace, assada com provolone, e o galetinho al primo canto. A polentinha estava espetacular, com aquela crostinha crocante por fora, e o galeto era uma delícia, superbem temperado.
Daqui para frente é só felicidade. São cinco tipos de massas (espaguete, fettuccine, nhoque, macarrão e tortéi) com nove tipos de molhos diferentes, alguns passaram pela mesa, outros você pede para o garçom conforme quiser. O nhoque aos quatro queijos e o macarrão com uma combinação de bolonhesa, quatro queijos e cogumelos frescos ganharam o nosso coração. Além desses, pedimos também o tortéi ao sugo, o espaguete à bolonhesa e o espaguete aos quatro queijos.
Como se não bastasse tudo isso, ainda tínhamos direito à sobremesa. No rodízio está incluso pudim ou o sagu com creme, e quem somos nós para recusar. Um de cada, por favor! O pudim é daqueles lisinhos e cremosos. O sagu com creme é uma delícia também, doce na medida certa – eu que não sou muito fã do creme, me apaixonei por esse.
Um almoço tipicamente italiano era tudo o que eu precisava para começar o nosso roteiro por Gramado. E eu não poderia estar mais feliz com essa experiência.
NONNO MIO
Av. Borges de Medeiros 2070, no Centro, em Gramado
Fone: (54) 3286-1252
De segunda a sexta, das 12h às 14h30 e das 18h30 às 22h, aos sábados, das 12h às 15h30 e das 18h30 às 22h30, e aos domingos, das 12h às 15h30
@nonno_mio