Ao escutar alguém dizer que vai para Montevidéu ou Buenos Aires já começamos a pensar em comida. Para o café da manhã, as clássicas medialunas vão bem e dão espaço para, mais tarde, a carne e o vinho tomarem conta das refeições. É praticamente impossível visitar os países e fugir dessa combinação - é como viajar para a campanha gaúcha e não comer um bom churrasco.
O TANNAT DO URUGUAI
O Uruguai é conhecido pelo Peñarol, por Punta del Este e pelo doce de leite, mas também carrega a variedade tannat como símbolo. A casta é de origem francesa, mas ganhou espaço no mundo do vinho a partir do país vizinho. Como o nome pressupõe, tannat vem de tanino, pois é uma uva com grande concentração do polifenol, característica que resulta em rótulos estruturados. Na França, era muito utilizada para corte com outras variedades. Porém, no clima uruguaio e com as influências marítimas do Rio da Prata, a uva se adaptou bem, apresentando boa maturação e proporcionando bebidas estruturadas, com taninos macios.
A variedade tem coloração vermelho escuro intenso e o teor alcoólico tende a ser em torno de 13%. De aromas, apresenta frutas pretas maduras, como ameixa, e de couro, algo bem característico da variedade. Em boca, a estrutura marcante tanto pelo álcool quanto pela presença do tanino. Se o vinho tiver passagem por madeira, ela agregará nos aromas e na maciez do produto. É perfeito com um assado de tiras bem suculento e forma o par perfeito para o entrecot alto no ponto menos.
- Vinho Garzón Reserva Tannat
Preço médio: R$ 150 - Vinho Bouza Tannat
Preço médio: R$ 200 - Vinho Bodega Cerro Chapeu Ysern Reserva Tannat
Preço médio: R$ 70
O MALBEC DA ARGENTINA
Do outro lado do Rio da Prata, temos a Argentina, enaltecida por Gardel e Maradona e embalado pelas milongas de tango, sem deixar a clássica uva malbec de lado. A variedade também tem origem francesa e ganhou fama e renome por Mendoza. A região desértica, com irrigação do desgelo da Cordilheira dos Andes, elabora vinhos ícones e é responsável por mais de 70% da produção de vinhos do país.
Os vinhos de malbec mendocinos são estruturados, o clima desértico e de grande amplitude térmica proporciona uma maturação ímpar das uvas. O vermelho intenso fica bonito na taça. No aroma, apresenta ameixa vermelha e mirtilo. Em boca, acidez moderada, com estrutura presente e aveludada. É um vinho perfeito para acompanhar um bife de chorizo, que tem pouca gordura. Além disso, pode ser servido junto com as entradas, como as batatas assadas com queijo gorgonzola e até a uma provoleta.
- Vinho Saint Felicien Malbec
Preço médio: R$ 160 - Vinho Susana Balbo Crios Malbec
Preço médio: R$ 90 - Vinho Zuccardi Concreto Malbec
Preço médio: R$ 500