No fim de setembro, o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) nos convidou para uma imersão em algumas vinícolas da serra gaúcha para conhecermos de perto a produção dos vinhos brasileiros. Juntamos toda a equipe e, em um domingo ensolarado, pegamos a estrada em direção à Dal Pizzol, no distrito de Faria Lemos.
Primavera é época de ver as videiras brotarem e chegamos bem no início do processo. É incrível como as parreiras ficam lindas em qualquer estação, né? Verdes e cheias de uvas no verão, amareladas no outono, somente os galhos no inverno e brotando na primavera.
Na Dal Pizzol, conhecemos o Piccolo Piacere, projeto que desde maio oferece uma caixa de frios, pães e frutas secas acompanhados de um rótulo da vinícola. Fomos recebimos com o espumante rosé que combinou perfeitamente com o dia ensolarado que fazia.
Depois de um bate-papo superbacana com o pessoal do Ibravin e de um almoço delicioso regado a vinhos da Dal Pizzol, rumamos para a Don Giovanni, vinícola de Pinto Bandeira onde ficamos hospedados. Foi deixar a mala e rumar para um mirante na parte mais alta da vinícola, com vista para os vinhedos e para o pôr do sol, que harmonizou perfeitamente com o Don Giovanni Brut Rosé. Quem quiser ter essa experiência, basta agendar com eles a degustação.
À noite, tivemos a oportunidade de conhecer um jogo superbacana criado pelo Ibravin. É uma espécie de pôquer, só que de vinhos brasileiros. Degustávamos o rótulo às cegas e apostávamos em alguns itens (safra, uva, preço, região produtora) em um grande tabuleiro para descobrir que vinho era aquele. Diversão pura!
No dia seguinte, fomos conhecer a Vinícola Aurora de Pinto Bandeira. Que lugar especial! Ficamos surpresos com as belezas naturais e com os deliciosos espumantes elaborados por eles. Antes de um almoço harmonizado regado a massa bolonhesa, polenta e galeto, experimentamos rótulos como o Extra Brut, os Brut feitos tanto com Chardonnay quanto com Pinot Noir, e o Brut Rosé. Além de saborosos rótulos de Moscatel, que chamaram a atenção pela leveza e versatilidade.
Da Aurora rumamos para a Casa Valduga, no Vale dos Vinhedos, onde conhecemos as parreiras e os diferentes tipos de espumantes produzidos por eles. Quando produzidos pelo método champenoise, ou tradicional, o espumante passa por uma segunda fermentação na garrafa, quando a bebida entra em contato com as leveduras. Lá, na Casa Valduga, experimentamos um espumante que ainda não tinha passado pelo processo de retirada das leveduras. Sabor complexo e surpreendente!
O último destino do dia foi a Vinícola Garibaldi, onde participamos de uma degustação às cegas. Às cegas mesmo, com os olhos vendados! Provamos rótulos da própria Garibaldi, da Peterlongo e da Gran Legado. O fato de estarmos com os olhos tapados, aguçou sentidos como olfato e paladar. Baita experiência!
Terminamos a noite na Trattoria Primo Camilo, em Garibaldi, comandada por Altemir Pessali, nome por trás de restaurantes como Mamma Gema e Pizza Entre Vinhos. Há pouco tempo, o Primo Camilo passou por uma reforma que deu ao lugar um forno à lenha para fazer... pizzas! Provamos várias delas e duas das mais deliciosas foram a de cordeiro e a de gorgonzola. Nham!
Encerramos a viagem no dia seguinte, quando fomos superbem recebidos pelo pessoal da Casa Perini, em Farroupilha. Dia ensolarado, vista para os vinhedos e um brinde com o espumante Brut 18 Meses, elaborado na vinícola. Tudo isso seguido por um tour para conhecer a elaboração dos vinhos e um almoço delicioso com bife à milanesa e massa ao molho pesto. De chorar de tão bom!
Nessa viagem, nós aprendemos muito mais sobre os vinhos brasileiros, os tipos de uvas mais usadas, seus processos de elaboração. Voltamos para Porto Alegre valorizando ainda mais o que temos por aqui, bebidas incríveis. Baita experiência, mesmo!