O ponto da carne, com certeza, é uma questão de preferência pessoal e cultural. Tanto a bovina, a suína quanto a ovina oferecem uma boa variedade de opções de preparo, mas é importante considerar que cada proteína tem características únicas, e o tempo de cozimento afeta diretamente o sabor e a textura.
Por isso, compartilho aqui hoje algumas dicas para não ter erro na hora de escolher o ponto da carne.
PARA A CARNE BOVINA
O ponto da carne de gado é frequentemente discutido entre os amantes de churrasco. Existem várias categorias, que vão desde malpassado até bem passado. É bastante subjetivo e depende do gosto de cada indivíduo – por isso, quando alguém lhe pedir uma carne bem passada, atenda com um sorriso no rosto.
- Malpassado: é caracterizada por uma cor avermelhada no interior e uma superfície levemente selada. A textura é macia e suculenta, com um sabor mais intenso e carnudo.
- Ao ponto: este é o ponto intermediário, onde a carne está levemente rosada no centro, mas ainda suculenta. É a melhor opção para quem prefere um equilíbrio entre suculência e cozimento.
- Bem passado: tem uma cor uniformemente marrom no interior e é mais firme ao toque, pois perde muita suculência. É uma escolha para aqueles que preferem uma textura mais firme e um sabor menos pronunciado de carne.
PARA A CARNE SUÍNA
Para a carne mais consumida no mundo, o ponto é frequentemente considerado crucial, devido a questões de segurança alimentar. Porém, nos últimos 10 anos, toda a cadeia produtiva da carne suína se modernizou e investiu em segurança e em sanidade animal.
Do campo à mesa, todos os cuidados são tomados para chegar ao consumidor com toda a segurança. Mas preste atenção na origem e no selo de inspeção (assim como em todas as proteínas). É fundamental consumir proteína de origem e frigorífico conhecidos.
E os pontos da carne suína? Uma dica: ela não deve ser cozida até ficar completamente seca.
- Ligeiramente rosada: o ponto ideal para a carne suína é quando atinge uma cor ligeiramente rosada no centro, indicando que está pronta. Isso garante que a carne ainda mantenha suculência, maciez e sabor característicos.
- Cozida: por completo, apresenta uma cor branca uniforme e uma textura firme, mas ainda assim deve ser suculenta e com muito sabor.
PARA A CARNE OVINA
A carne de ovelha ou de cordeiro também oferece uma variedade de pontos de cozimento, com características que se assemelham às da carne bovina, mas com um sabor único.
- Malpassado: neste nível, a carne ovina apresenta uma cor rosada no centro, com uma textura macia e suculenta. Isso realça os sabores delicados da carne.
- Ao ponto: assim como na carne bovina, é caracterizado por uma cor rosada no centro, mas ainda assim cozida uniformemente. Isso mantém a suculência e a textura da carne macia.
- Bem passado: para aqueles que preferem uma textura mais firme e um sabor mais pronunciado, a carne de cordeiro bem passada oferece uma cor uniformemente cozida e uma textura mais firme, mas perde muita suculência.
E A CARNE “ SANGRANDO”?
O mito da “ carne sangrando” está relacionado à percepção de que a carne malpassada ainda está com sangue, quando na verdade o líquido vermelho que é liberado não é sangue, mas sim uma mistura de água e mioglobina ( responsável pela coloração vermelha da carne).
O sangue é removido durante o abate do animal e essa mistura se torna mais visível quando a carne é cortada e servida. Portanto, a ideia de que a carne malpassada está “ sangrando” é um equívoco comum. É simplesmente a mioglobina, juntamente com os sucos naturais da carne, que criam essa aparência. Isso acontece também na carne ovina.
Independentemente do tipo de carne escolhido ou do ponto de cozimento preferido, é importante respeitar a preferência de cada pessoa. Para assadoras e assadores, não se preocupem, o ponto ideal da carne é uma arte que pode ser dominada com a prática na churrasqueira.
Ótimos churrascos, pessoal!