A Academia Brasileira de Letras (ABL) apresentou uma nova palavra ao vocabulário da língua portuguesa, incluída na segunda-feira (23). Dorama designa séries de drama, produzidas no leste e sudeste asiático, segundo a instituição. A decisão ocorreu após o termo ganhar força devido à popularização das obras audiovisuais.
Apesar de ter sido incluída como uma palavra do vocábulo brasileiro, a palavra já existia como uma expressão de "empréstimo linguístico", ou seja, nativa de outra região.
A definição oficial da ABL para dorama é: "obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste e sudeste da Ásia, de gêneros e temas diversos, em geral com elenco local e no idioma do país de origem". Após a divulgação da inclusão, houve protesto de alguns fãs de cultura coreana.
De acordo com a instituição, os doramas foram criados no Japão durante a década de 1950 e se expandiram para outros países da Ásia. A partir disso, adquiriu características e marcas culturais próprias de cada território em relação ao termo.
Para identificar o país de origem, também são usadas denominações específicas, como por exemplo, os estrangeirismos da língua inglesa J-drama para os doramas japoneses, K-drama para os coreanos, C-drama para os chineses.
Geralmente em formato de minissérie, entre 16 e 20 episódios, os doramas ficaram conhecidos no Brasil a partir das produções ficcionais da Coreia do Sul. Apesar de o país asiático produzir gêneros diversos, a comédia romântica é de longe o que mais faz sucesso.
Em sua maioria, as tramas abordam amores complicados, mas também tocam em questões como bullying, desigualdade social e pressão familiar — em um estilo clássico de melodrama parecido com o que vemos nas nossas novelas.