Se é verdade que quem gosta sempre pede bis, também é fato que poucos sentimentos são tão frustrantes quanto descobrir que a série que você está acompanhando foi cancelada. Mas não tema: para cada seriado chegando ao fim, há inúmeras novas tramas nascendo — sejam dramas históricos, comédias esportivas ou até mesmo jornadas intergalácticas.
GZH selecionou, a seguir, seis novas séries que fizeram sucesso nos últimos meses e já estão com novas temporadas confirmadas para os próximos anos. São 38 horas e 43 minutos de conteúdo que vale a pena ficar em casa para conferir, todas disponíveis em serviços de streaming aqui no Brasil. Aproveite!
Bridgerton
Se você não está em uma das 82 milhões de casas em que Bridgerton foi assistida em seu primeiro mês no ar, onde você esteve? Os escândalos da Inglaterra Regencial ganharam o coração do público na virada do ano graças à combinação de romance de Jane Austen com intrigas dignas de Gossip Girl — aqui chamada Lady Whistledown, munida com cartas e penas em vez de um blog.
Outro destaque da série foi o elenco multirracial, uma novidade em dramas de época, mas uma marca registrada que a produtora Shonda Rhimes trouxe consigo para a Netflix. Ainda há bailes, duelos, lutas, romances proibidos e cenas quentes o suficiente para renderem a descrição de "45 Tons de Cinza", pelo protagonista da obra Regé-Jean Page. A classificação indicativa, aliás, é para maiores de 16 anos.
- Maratona: oito horas e sete minutos; disponível na Netflix.
Emily em Paris
Menos popular e certamente mais criticada, Emily em Paris foi a produção que todo mundo amou odiar em 2020. De donos de pizzaria nos Estados Unidos até jornalistas na França, não faltou quem questionasse os estereótipos apresentados pela produção, a falta de um crescimento pessoal da protagonista ao longo da temporada e até as escolhas de vestuário questionáveis da personagem.
Nada disso, no entanto, foi o suficiente para tirar a popularidade da série, que acompanha as aventuras de uma jovem mulher americana na França, ensinando aos parisienses a ética de trabalho dos EUA, ao mesmo tempo que descobre os prazeres da vida na Europa. Seja pela idiossincrasia da premissa ou os encantos de Lily Collins, é inegável que há algo de especial em Emily em Paris que segue prendendo o público — e rendeu até piadas na internet como o perfil no Instagram Emily em Porto Alegre (veja as aventuras dela na Capital aqui).
- Maratona: quatro horas e 38 minutos; disponível na Netflix.
Lupin
Assane Diop, interpretado com charme pelo ator Omar Sy, roubou o coração do público em Lupin. Um anti-herói parisiense, ele já começa a sua aventura com o grandioso plano de assaltar o Museu do Louvre. Mas calma, não é uma versão francesa de La Casa de Papel — é uma releitura invertida da série Sherlock Holmes da BBC.
Tal como o detetive britânico, ele é o rei da engenhosidade, um mestre em disfarces treinado em artes marciais, sempre raciocinando em uma velocidade maior que todos ao seu redor. Com uma pequena diferença: Diop está do outro lado da lei. Não que isso tenha afastado o público, que tornou a obra a primeira série francesa a liderar o ranking de produções mais vistas da Netflix nos EUA, posição que também alcançou no Brasil, Argentina, Alemanha, Espanha, Polônia, Itália, entre outros.
- Maratona: três horas e 51 minutos; disponível na Netflix.
Star Trek: Picard
Um quarto de século depois, Sir Patrick Stewart voltou ao papel do comandante Jean-Luc Picard para uma série de Star Trek. Ele já havia interpretado o personagem durante sete temporadas de Star Trek: The Next Generation, exibida entre 1987 e 1994, além de conduzir a nave Enterprise em filmes como Jornada nas Estrelas: Nêmesis (2002) e Jornada nas Estrelas: Insurreição (1998).
Um presente para os fãs da franquia e elogiada por críticos, a nova série retornou a Stewart, agora com 80 anos, para cruzar a fronteira final: os últimos anos da vida de Picard. Mais de uma década após sua aposentadoria da Frota Estelar, ele começa a trama em uma existência tranquila no vinhedo Chateau Picard. Mas a tranquilidade se desfaz quando Dahj – uma jovem cheia de angústias – surge na vida dele, em busca de ajuda.
Maratona: oito horas e nove minutos; disponível na Amazon Prime Video.
Ted Lasso
Também há um tesouro escondido da Apple TV+: Ted Lasso. A comédia é uma das apostas do novo serviço de streaming, que decidiu investir em qualidade (versus quantidade) em seu catálogo. E, pelo menos aqui, os frutos já vieram: a produção foi indicada ao Globo de Ouro de melhor série de comédia ou musical e, por sua interpretação do personagem-título, Jason Sudeikis conquistou o troféu de melhor ator na premiação.
Lasso, no caso, é um treinador de futebol americano que é contratado para treinar um time de futebol tradicional no Reino Unido, após um plano maquiavélico de vingança da dirigente do clube britânico. Se a premissa parece peculiar, é mais peculiar ainda como ela surgiu: inspirada em um personagem que Sudeikis interpretava em comerciais de TV da NBC Sports, produzidos para divulgar a Premier League nos EUA.
- Maratona: cinco horas e 16 minutos; disponível na Apple TV+.
The Great
Outra gema escondida em um serviço de streaming desconhecido é The Great, criada pelo autor de A Favorita (2018), Tony McNamara. Disponível para assinantes do Starzplay, cujo catálogo está presente em diferentes plataformas (Amazon Prime Video, Apple TV, Claro TV e dispositivos Roku), a produção reconta a trajetória da Imperatriz da Rússia Catarina rumo ao poder, a partir de uma visão apócrifa, cômica e levemente ridícula da história.
Intencionalmente deixando a precisão de lado, em nome de uma visão mais moderna da história — seguindo o caminho pavimentado por Sofia Coppola em Maria Antonieta (2006) —, a série mostra como, em meio à corte russa do século 18, Catarina orquestrou um golpe para tomar o lugar do Imperador, seu marido Pedro III. Nos papéis principais estão Elle Fanning, como a jovem imperatriz, e Nicholas Hoult, como o delirante imperador.
- Maratona: oito horas e 42 minutos; disponível no Starzplay.