A demissão da atriz Gina Carano, intérprete de Cara Dune na série The Mandolarian, segue dando o que falar. Nem mesmo o CEO da Disney, Bob Chapek, conseguiu escapar da polêmica, sendo questionado sobre o assunto durante uma assembleia anual de acionistas nesta terça-feira (9). As informações são do Hollywood Reporter.
Um interlocutor levantou a hipótese da companhia estar demitindo pessoas baseada em uma "lista negra", voltada para artistas com "visões políticas conservadoras". Chapek negou a acusação, ressaltando que a decisão foi tomada de acordo com os "valores universais" defendidos pela Disney, entre eles o respeito, a decência, a integridade e a inclusão.
— Buscamos fazer com que o conteúdo reflita a rica diversidade do mundo em que vivemos. E acho que esse é um mundo em que todos devemos viver em harmonia e paz — concluiu.
Gina se envolveu em inúmeras controvérsias nas redes sociais antes de ser dispensada de The Mandalorian. O golpe final foi comparar o tratamento dado a apoiadores do Partido Republicano nos Estados Unidos, por seus adversários políticos, à perseguição de judeus na Alemanha nazista, que terminou em campos de extermínio durante a Segunda Guerra.
Antes disso, a atriz já havia causado outra polêmica nas redes sociais ao publicar uma mensagem no Twitter ridicularizando o uso de máscaras para a proteção contra a covid-19. Ela também sugeriu falsamente a ocorrência de fraudes durante a eleição presidencial de 2020 nos Estados Unidos.
À época de sua demissão, um porta-voz da produtora Lucasfilm, propriedade da Disney, declarou que não há planos de trazer Gina de volta à companhia no futuro: "Suas postagens nas redes diminuindo as pessoas com base em suas identidades culturais e religiosas são abomináveis e inaceitáveis", escreveu.