Umas das principais vozes da literatura brasileira contemporânea, Paulo Scott cresceu em Porto Alegre. Dos amigos e das ruas do Partenon, onde passou a infância e a adolescência, emergem algumas das histórias e dos personagens de seu quinto romance, Marrom e Amarelo, que acaba de publicar. O livro aborda o racismo, por meio da relação de dois irmãos – um de pele retinta, outro com fenótipo mais claro. Aos 52 anos, Scott tem no currículo prêmios como o Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional (pelo romance Habitante Irreal), o Troféu Associação Paulista de Críticos de Arte (pelos poemas de Mesmo Sem Dinheiro Comprei um Esqueite Novo) e o Açorianos (por O Ano em que Vivi de Literatura). No início deste mês, partiu em viagem para a China, sendo o primeiro brasileiro selecionado para o programa de residência literária da Associação dos Escritores de Xangai, lançado em 2008. O gaúcho deve passar dois meses no Oriente, realizando palestras e trabalhando em um novo livro.
Com a Palavra
Paulo Scott: "Negar o racismo é uma postura clara de agressão"
Em entrevista, escritor que acaba de lançar o romance "Marrom e Amarelo" defende cotas raciais e afirma que, desde o início do século, "ampliou muito a consciência do que é ser negro no Brasil"
Alexandre Lucchese