Carlos André Moreira
Um poeta, como todo criador, não é obrigado a fazer nada que não queira. Mas um leitor consciencioso de poesia talvez pudesse ter o direito de esperar algumas coisas. A saber: rigor de linguagem; diálogo produtivo (e não apenas cosmético) com a longa tradição de uma das mais antigas formas literárias; uma identidade própria, mesmo fazendo referência ao grande arquivo literário, e, finalmente, uma espécie de assombro que é obtida da soma do conjunto mais do que das pequenas conquistas técnicas de cada parte. São coisas que o poeta Ronald Augusto vem oferecendo com consistência a cada novo livro, como Entre uma Praia e Outra, coletânea que ele lança no sábado, dia 1º de setembro, em Porto Alegre.
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