Em seu célebre Fragmentos de um Discurso Amoroso, o semiólogo francês Roland Barthes insistia em um ponto, entrevisto no subtexto de suas reflexões sobre o amor: o ser amoroso, quando ama, quer a imobilidade do amado – ou seja, quer uma realidade em que o objeto de seu desejo não seja substituível e que sua imagem do amor não seja dissonante da realidade do amado. Ao mesmo tempo, é esse mesmo sujeito amoroso que se apressa a tentar substituir um amor por outro quando confrontado com o fim. Ambas as aspirações são fadadas ao fracasso. É também esse o drama que vive o protagonista de A Mulher Faminta, romance de estreia que Tiago Germano, escritor paraibano radicado no Rio Grande do Sul, lança amanhã, às 18h, na Livraria Baleia.
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