Aos 70 anos, Odair José acaba de lançar seu 37º disco – talvez o mais roqueiro deles. Hibernar na Casa das Moças Ouvindo Rádio não segue a trilha romântica pela qual o cantor ficou conhecido no início dos anos 1970. Com guitarras distorcidas, ironia e humor, o álbum tem letras que criticam o armamento civil e convidam o ouvinte a deixar de lado as telas do celular e da TV. Liberdade sexual e o mundo da prostituição, temas recorrentes na carreira do autor de Esta Noite Você Vai Ter que Ser Minha e Eu Vou Tirar Você Desse Lugar, também estão presentes nas novas canções. Um dos artistas mais censurados durante o regime militar, ele começou a carreira musical ainda na adolescência, quando abandonou o conforto da casa dos pais, em Goiás, para viver no Rio de Janeiro. Na entrevista a seguir, relembra os problemas que teve com a ditadura militar, avalia a realidade do Brasil atual e conta como deixou o vício em álcool e drogas. E, acima de tudo, critica duas inimigas que persegue desde o início de sua carreira: a hipocrisia e a falsa moral.
Hibernar na Casa das Moças Ouvindo Rádio tem pegada roqueira. Como você contextualiza o disco na sua carreira?
É um álbum que segue a pegada dos meus dois trabalhos anteriores, Dia 16 (2015) e Gatos e Ratos (2017). Estou cada vez mais voltando a ser o Odair José da década de 1970, em relação a letras e temas. As composições são o meio que tenho para fazer minhas observações sobre o que está acontecendo, sobre o tempo que estou vivendo. Hibernar na Casa das Moças Ouvindo Rádio vai por esse caminho e também segue, à distância, o conceito de um disco que gravei em 1977, O Filho de José e Maria. Eles são parecidos na rebeldia e no formato. São músicas conectadas umas nas outras, contando uma história, unindo personagens. A questão de “hibernar” é para se retirar de cena, por estar descontente com a nossa realidade. “Na casa das moças” é porque não há lugar melhor para fazer essa hibernação (risos). E também para bater na falsa moral, que está cada vez mais presente na nossa sociedade. Já “ouvindo rádio” é para homenagear essa mídia que mudou minha vida e está viva até hoje. Enfim, é um convite à desobediência à falsa moral estabelecida. E estou feliz com a sonoridade. O que eu queria dizer com esse disco teria que ser com essa guitarra mal tocada que é minha característica. Acho que vou morrer e não vou aprender a tocar guitarra, mas sou assim, faço isso no palco. Não chamaria um guitarrista virtuose, porque não sou eu.
Você foi muito censurado nos anos 1970 e enfrentou dificuldades para falar sobre temas tabus. O que o deixa descontente com o Brasil, tantos anos depois?
Estou realmente decepcionado, triste. Sou uma pessoa ligada ao povo, viajo pelo Brasil há 50 anos, conheço o país de Sul a Norte, desde os tempos em que a dificuldade logística era maior e a censura, constante. Costumava dizer que não veria duas coisas em vida. Uma era o avanço da tecnologia. A outra é a piora do ser humano. Eu achava que, com o tempo, ficaríamos melhores, menos hipócritas, livres dessa falsa moral. Não foi assim. Errei nas duas coisas.
Costumava dizer que não veria duas coisas em vida. Uma era o avanço da tecnologia. A outra é a piora do ser humano. Eu achava que, com o tempo, ficaríamos melhores, menos hipócritas, livres dessa falsa moral. Não foi assim. Errei nas duas coisas.
Suas letras falavam de sexo e prostitutas. É por isso que você era censurado?
Era mais do que isso. No início de 1972, comecei a fazer muito sucesso. O meio de comunicação principal era o rádio, e eu era um dos caras mais tocados. Então eu tinha uma penetração popular muito grande. Já me incomodavam a hipocrisia e a falsa moral, o preconceito, as coisas escondidas. Comecei a falar sobre isso. Vivia muito na noite e via a tentativa quase institucionalizada de desmoralizar a prostituição. Foi assim que nasceu (a música) Eu Vou Tirar Você Desse Lugar. Também percebia a situação das empregadas domésticas, que nos país está colocada, pelas relações estabelecidas, de maneira absurda, só resolvida em parte no governo de Dilma Rousseff. Falei disso em 1973 (com a música Deixe Essa Vergonha de Lado). Falei sobre pílula anticoncepcional, com Uma Vida Só. Por ser um cantor popular, queria falar sobre o que não se falava abertamente, principalmente pelo grau de religiosidade do brasileiro. E isso incomodou. A censura quis me calar porque esclarecer certos tabus ia contra os princípios da falsa moral.
Como era escrever música sob a sombra da censura?
Não sei quantas músicas minhas foram censuradas. Mas as pessoas que pesquisaram o tema dizem que o Chico Buarque ocupa o topo da lista dos artistas censurados, e logo depois estou eu. Só de O Filho de José e Maria, que mexia com o tabu da religiosidade, tive oito das 18 músicas censuradas. As proibições atrapalhavam muito a criação. Não era apenas o censor lá no final. Quando você trabalha em um sistema desses, você já compõe pensando no que pode acontecer. E aquilo fica no conteúdo.
O Brasil segue sendo muito religioso, hoje com o crescimento das igrejas de matriz evangélica.
Já li que é possível avaliar o grau de evolução de um país conforme seu grau de religiosidade. Nesse quesito, acho que estamos muito mal. A religião está sendo usada de uma forma horrível, para manipular as pessoas. Estou falando de religião, não de Deus. Simplifica-se muito o que não é simples por meio da religião, com motivações interesseiras. Todas as religiões fazem isso, mas atualmente a bancada evangélica está passando do ponto. As pessoas têm que ter sua religiosidade, é um direito, e é bom ter sua fé. Mas permitir que alguém faça uso disso para manipular um sistema e ganhar dinheiro é falta de respeito.
Que manipulação é essa?
O uso da religião com fins políticos, financeiros e até sexuais. Há casos assim, criminosos, no país.
Na canção popular universal, a prostituta é cantada sob diferentes enfoques. No Brasil, são poucos a abordarem essa figura com um olhar sensível. Você se sente solitário nessa empreitada?
Muitos compositores estão nessa comigo, inclusive, aí do Sul, o Lupicínio Rodrigues. Mas me sinto solitário, sim, e lamento por isso. Embora, há 2 mil anos, tenha havido um cara que as defendeu e andou muito com uma delas... Quem fala mal da prostituição ou nunca conheceu uma prostituta ou está sendo hipócrita. Duvido que haja um homem que jamais teve interesse ou que nunca correu o risco de se apaixonar por uma prostituta. Quer coisa mais rock’n’roll do que um cara se apaixonar por uma prostituta? Se você for ouvir os discos dos Rolling Stones, vai encontrar isso lá.
Se esse tema está na Bíblia e nos discos dos Rolling Stones, por que é tabu?
Porque as pessoas são hipócritas. Acho que me sinto solitário porque não há muitos trabalhando para quebrar esse tabu atualmente. O compositor que fica na zona de conforto repetindo fórmulas não faz arte; faz negócio. Eu não estou aqui para fazer negócio. Prefiro correr riscos. Gostaria de que meu trabalho servisse como um despertador de mentes adormecidas.
É bem mais difícil colocar uma coisa na cabeça do povo, que é cheio de tabus, do que fazer música para um universitário intelectual. Chegar a alguém com informações enraizadas em costumes mais rudes é muito mais complicado.
Do que se alimenta esse trabalho? Quais são suas referências?
Musicalmente, minhas referências são os artistas das décadas de 1960 e 1970, aqueles que todo mundo sabe que serão citados. Gosto de todo tipo de música, desde que seja bem feita. Minhas influências maiores são os instrumentistas, o cara que toca um bom piano, uma guitarra ou bateria... Não sou fã do cantor, do intérprete. Admiro, mas não é uma coisa que me fascina. O que me fascina é o cara que pega o instrumento, faz uma música e a canta, como o Bob Dylan, por exemplo, para não falar só de músicos virtuosos. Paul McCartney, Jimmy Hendrix, Eric Clapton, Herbie Hancock... No Brasil, Tom Jobim, Luiz Gonzaga... Do Sul, admiro muito o Teixeirinha. Achava Teixeirinha o máximo. Quando o instrumentista faz a música e a canta, acho perfeito. Com relação às letras, aos temas, elas vêm do ser humano Odair José, da observação. Eu vejo as coisas e as vivo junto com o povo. Misturei meu destino com o destino o povo. Sou um militante a favor do povo.
Você teve uma amizade grande com Raul Seixas e já disse em entrevistas que vocês conversavam muito sobre o modo de se posicionar no mundo da música. Conte um pouco sobre esses encontros.
Cruzei com o Raul em 1969, na Visconde do Rio Branco, na antiga CBS, que naquele momento era a maior empresa de discos do país. Ele estava chegando da Bahia; e eu, de Goiás. Era um cara muito inteligente, rebelde com as coisas com as quais ele não concordava. Raul também tinha uma formação musical mais apurada do que a minha, então aprendi muito com ele. Tanto é assim que na gravação do meu primeiro disco, em 1970, ele estava comigo no estúdio tocando guitarra e me ajudando a fazer as bases. Tem até uma música dele nesse disco, chamada Tudo Acabado. Se você ouvir essa música vai perceber que tem um guitarra distorcida. Nós tínhamos poucas distorções naquela época, e a gravadora não nos deixava usar as poucas que tinham, porque não era comercial. Mas, em Tudo Acabado, você pode ouvir o Raulzito tocando uma guitarra distorcida. Já havia bossa nova, samba, Jovem Guarda, os Beatles... A gente se questionava como fazer algo relevante no meio disso. Ele achou o modo dele, e eu, o meu.
Vamos liberar o fetiche. Todo mundo tem fetiche. Quem diz que não tem é porque tem e não quer contar. Em 1972, gravei 'Esta Noite Você Vai Ter que Ser Minha', na qual eu falava sobre virgindade, sobre liberação sexual. É isso, e continua sendo. Vamos liberar isso aí! Vamos viver!
Seu modo de fazer algo relevante foi escrever para um público amplo, com canções simples e populares. Acha que isso tem a ver com sua origem?
Sou filho de gente do agronegócio, do qual não sou muito favorável. Sou a favor da agricultura familiar. Por um esclarecimento pessoal, acho que é preciso ter o agronegócio, mas a agricultura familiar tem de ser protegida. Sou de uma família de classe média, e fui para o Rio de Janeiro sem dinheiro, como um jovem fugido de casa. Dormi na rua, morei em casa de estudante, enfrentei tanque do Exército na ditadura. Com 16 anos, assisti à intervenção militar e vi tirarem do governo de Goiás o Mauro Borges Teixeira. Ele foi tirado à força, com ajuda do pai, Pedro Luduvico, do Palácio das Esmeraldas, na Praça Cívica. Daquele momento em diante me tornei contra qualquer regime que não fosse a favor do povo. Eu já tinha me convencido de que lado estava.
Como é ver militares voltando ao poder por meio do voto?
Não tenho nada contra os militares. O que atrapalha o Brasil não é o militar. O que sempre atrapalhou é a manipulação de pessoas que usam determinado sistema. Inclusive não acho que o ex-militar que está no poder, eleito pelo voto, represente os militares. É direito de qualquer cidadão se candidatar, mesmo sendo militar. Mas acho que o Brasil errou. E errou feio.
Por quê?
Imagina um cordão com três pontas. Embaixo, há uma multidão de menos favorecidos. Em outra ponta, está a alta elite. Na outra, está o cara que, vindo de baixo ou de cima, está no meio. O que atrapalha o Brasil é esse cara do meio. Ele breca qualquer coisa que pode tirá-lo dessa posição. E aí cai na conversa da elite. Eu também sou um cara desse meio, apesar de já ter ganhado muito dinheiro e vivido com certo conforto. Não estou falando mal de elite, mas estou dizendo que a elite precisa entender que um governo feito por ela só vai funcionar se esse governo for voltado para o povo. Não existe modo de o país ir para a frente, ter progresso, se a parte menos favorecida não estiver incluída na divisão do bolo. Mas o governo atual não pensa assim.
O “cara do meio” tem medo de sair da posição em que está, é isso?
Esse cara do meio se sente ameaçado quando percebe que quem vem de baixo está sendo beneficiado pelo governo e, assim, pode subir de posição. Só que, quando quem vem de baixo é assistido, a máquina da economia gira. É por isso que a elite precisa reconhecer que só será bem-sucedida quando a coisa funcionar também lá embaixo. O maior problema é que a parte burra da elite prefere ganhar menos do que ver o pobre ser favorecido. Esse tipo de raciocínio está matando as pessoas, inclusive em termos de harmonia. O país está sem harmonia.
No novo disco, você critica a mídia, em Fora da Tela, e o armamento da população civil, em Chumbo Grosso. Fale um pouco sobre essas duas músicas.
Em Fora da Tela, me refiro à forma de acesso à informação, que tem sido feita de modo às vezes parcial. Quando mostram que um político é ladrão, por exemplo, por que não se esclarece que o sistema em que esse político vive é que tem de ser mudado? Que não se trata de caso isolado. Não adianta falar só do caso isolado, porque o próximo político que entrar será o próximo a ser acusado. O sistema está errado quando as pessoas se beneficiam dele, uma atrás da outra, sempre que a anterior sai. Quanto a Chumbo Grosso, acho um absurdo passar pela cabeça de alguém que é preciso armar o povo para ter segurança. Quem tem que oferecer segurança para a população é o governo. Sugerir que as pessoas se armem para se proteger é fugir de suas responsabilidades.
Como Chico Buarque e Caetano Veloso, você foi perseguido e censurado. Mas Chico e Caetano têm outro tipo de reconhecimento da crítica e da academia. Você não se ressente disso?
Não me sinto ressentido, até porque admiro ambos. Acho que os dois inclusive têm trabalhos que vão muito além do meu. Ao mesmo tempo, é bem mais difícil colocar uma coisa na cabeça do povo, que é cheio de tabus, do que fazer uma música para um universitário intelectual, um cara que já entende sobre o que você está falando. Chegar a alguém preconceituoso, com informações enraizadas em costumes mais rudes, é muito mais complicado. Não me sinto ressentido, mas estou vivo para ver que meu trabalho, em alguns momentos, foi muito relevante nesse sentido.
A elite precisa entender que um governo feito por ela só vai funcionar se esse governo for voltado para o povo. Não existe modo de o país ir para a frente, ter progresso, se a parte menos favorecida não estiver incluída na divisão do bolo. Mas o governo atual não pensa assim.
Sua satisfação é ser compreendido pelo grande público?
Sim. Tenho participado do projeto Lula Livre. Quando canto Eu Vou Tirar Você Desse Lugar nesses encontros, vejo uma multidão de garotos de 18 anos cantando junto. E essa música tem 47 anos. É uma imensa satisfação ver tanta gente diferente sendo tocada. Ultimamente, tenho participado de projetos alternativos, com muitos jovens, fisicamente e de cabeça. É uma felicidade encontrar esse público.
O movimento Lula Livre realiza shows abertos ao público em nome da liberdade do ex-presidente. Por que você julga importante participar?
Participo porque acredito. Não estou defendendo A ou B. Defendo que as coisas sejam menos manipuladas. As pessoas estão sendo enganadas. O que adianta prender o Lula ou prender sei lá quem se o sistema segue o mesmo? Não se fala em mudar o sistema, só em tomar a chave. Então participo do Lula Livre com prazer e ficarei muito feliz quando houver um julgamento justo, pois aquilo ali foi meio palhaçada. Desde 1970 trabalho a favor do povo e da justiça. E o sistema judiciário brasileiro em alguns momentos está contra o povo.
Para que gravar um disco hoje? O que isso significa?
É a minha sobrevivência como pessoa. A única coisa que sei fazer é isso. E a minha vontade é sempre fazer alguma coisa melhor do que já fiz. Mas é verdade que a relação com as gravadoras mudou – ainda bem. A gravadora era boa porque, como empresa, garantia o conforto financeiro da coisa. Você tinha estúdio e orquestra, mas, em compensação, tinha que repetir fórmulas. Você não podia criar nada, porque isso esbarrava no comercial. Tive dificuldades nesse sentido. O fato de não existir mais gravadora, para mim, é uma benção.
Hoje você está afastado das drogas. Como se deu esse processo de desintoxicação?
Quando comecei a fazer sucesso, eu era um totalmente limpo, só pensava no trabalho, comprei um terreno na Barra para fazer um campo de futebol porque gostava dessa coisa saudável. Depois, do final da década de 1970 até os 2000 foi uma loucura total. Nem posso te afirmar se meu corpo hoje está totalmente limpo, pois fiz tanta besteira... Apesar de meu médico me dizer que estou bem. Há 17 anos parei com tudo, drogas, bebida, cigarro, pois percebi que não estava me fazendo bem. Nem sei como não morri. Hoje faço exercícios regularmente, procuro estar disposto. Não é fácil ter disposição aos 70 anos. Mas eu quero. Eu preciso disso, preciso subir ao palco com minha guitarra e tocar duas horas sem demonstrar cansaço. Preciso dessa energia para viver, para sair com a minha família. Por isso parei com tudo. E tive a sorte de conseguir.
Não é fácil ter disposição aos 70 anos. Mas eu quero. Eu preciso disso, preciso subir ao palco com minha guitarra e tocar duas horas sem demonstrar cansaço. Preciso dessa energia para viver, para sair com a minha família. Por isso parei com tudo (as drogas). E tive a sorte de conseguir.
Você buscou tratamento?
Minha mulher me ajudou, me alertou. E eu mesmo percebia que não estava aproveitando a vida da melhor forma. Agora inclusive está mais divertido. Ser careta é melhor. Tenho uma música do disco O Filho de José e Maria que diz que a maior loucura é o estado de lucidez. Estou vivendo isso.
Uma das faixas de Hibernar na Casa das Moças Ouvindo Rádio é Gang Bang. Como é cantar sobre sexo grupal aos 70 anos?
Gang Bang é um barato. É um convite à desobediência, à farra, ao puteiro. Vamos liberar o fetiche. Tudo mundo tem fetiche. Quem diz que não tem é porque tem e não quer contar. Em 1972, gravei a música Esta Noite Você Vai Ter que Ser Minha, na qual eu falava sobre virgindade, sobre liberação sexual. É isso, e continua sendo. Vamos liberar isso aí! Vamos viver! Como digo em Gang Bang, o que foi combinado, acordado, vale.
Você é casado há 35 anos. O que sua mulher acha do tratamento de assuntos sexuais na sua música?
Minha mulher sempre me passa um pito. Sobre a capa desse disco, por exemplo, ela perguntou se precisava ser assim. Mas arte é arte. O artista tem que falar aquilo que pensa. Ela já está há muito tempo comigo, sabe que sou sincero, que não aceito preconceito. Eu só não gosto de coisa que não foi combinada. Se a pessoa está manipulando, sendo hipócrita, agindo de má-fé, aí bato de frente. Mas, se está tudo dentro do combinado, está tudo liberado.