Esqueça as "tretas" entre os integrantes, esqueça apresentações errantes (como os shows dos Rock In Rio 2001 e 2011), ou até mesmo os famosos atrasos de Mr. Rose. O Guns N' Roses chega a Porto Alegre nesta terça de alma reconciliada depois das pazes de Axl Rose, Slash e Duff McKagan, membros originais da banda, acompanhados dos competentes e carismáticos Dizzy Reed, Richard Fortus, Frank Ferrer e Melissa Reese, para um show que promete acertar as contas com os mais exigentes fãs do grupo.
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A começar pelo cenário: o retorno dos grandes palcos em grandes estádios. A falta deles, sem sombra de dúvidas, era algo que incomodava os fãs mais jovens que buscavam aquela experiência megalomaníaca dos anos 90 durante a turnê de Use Your Illusion. Tive a oportunidade de assistir à primeira apresentação da banda na etapa sul-americana da tour, em Lima no Peru, e o que vi foi uma megaestrutura, palco imenso, telões gigantes e um estádio abarrotado de fãs. Ou seja, "the jungle" estava ali, pronta para os caras.
E a performance não deixa por menos. O show de quase três horas traz uma pedrada atrás da outra no set list. Duff sabe como ninguém conduzir um baixo hard rocker com atitude. Slash continua correndo o palco como nos velhos tempos (olha o coração, rapaz) além de fazer coisas que só ele faz com uma Les Paul na mão. E Axl Rose mostra quase que o show inteiro o porquê de ele ser o cara do ano no showbiz: abraçou o pepino de substituir Brian Johnson no AC/DC, e ainda sobrou garganta para cantar as músicas do Guns como ele até então não vinha fazendo nas últimas tours da banda.
Agora resta a expectativa de um extra nesse primeiro show em solo brasileiro: se Steven Adler, baterista original do Guns, vai subir ao palco aqui em Porto Alegre ou não. Em Buenos Aires rolou a participação (tá, a mulher do cara é argentina, isso ajudou bastante), quem sabe eles não resolvem estender pra cá? Seria a cereja do bolo para os gunners gaúchos.
Se você ainda tem alguma pontinha de dúvida se vai ou não ao show, não esqueça que o próximo em POA, parafraseando Axl, pode não ser nesta vida.
Opinião
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