Vitor Kley assegura que o show que fará em Porto Alegre neste domingo será o mais especial que já apresentou na cidade. É que o cantor sobe ao palco do Auditório Araújo Vianna, a partir das 20h, para lançar o DVD A Bolha Ao Vivo em São Paulo. Além disso, hits de sua carreira como O Sol, Morena, Adrenalizou e Pupila devem entrar no repertório.
A capital gaúcha é um local pelo qual ele conserva muito carinho por ter lhe acolhido no começo da carreira. Até hoje recorda de suas idas às escolas para promover seu trabalho, com apresentações em recreios — geralmente ações para o suplemento Kzuka, de Zero Hora, ou para rádios. Segundo o músico, essas idas viraram case em gravadora.
O cantor lembra também que Porto Alegre foi a primeira cidade em que fãs foram lhe recepcionar em aeroporto. Foi onde Vitor nasceu, há 29 anos — cresceu em Novo Hamburgo, viveu em Balneário Camburiú (SC) e hoje está estabelecido em São Paulo. Então, será um show repleto de amigos e familiares.
— Tenho uma conexão de vida muito grande com a cidade — aponta. — Do lance da minha mãe ter ido ao Araújo Vianna quando era mais nova, quando era a céu aberto, e agora é a minha vez de tocar ali. Então, tem muitas coisas jogando a favor da gente para ser um dos melhores shows. Estou radiante!
No final de setembro, Vitor lançou a primeira parte de A Bolha Ao Vivo em São Paulo. A segunda fatia do registro deve sair em 11 de outubro, enquanto a terceira chegará no dia 26. O álbum completo com todas as faixas e os audiovisuais será disponibilizado, por fim, em 1º de novembro.
Conforme o cantor, o DVD serve para encerrar o ciclo do álbum A Bolha, lançado em 2020. Com faixas como Ainda Bem Que Chegou e Ponto de Paz, o trabalho é visto por Vitor como um momento de transformação em sua carreira, em que teve mais liberdade para elaborar suas canções. É o disco em que ele "se vê".
O artista destaca que o DVD traz o seu show como realmente é, mas ganhando aquela encorpada. Ele relata que grande parte do registro é conduzida pelos fãs presentes no show. Aliás, uma parcela do público foi vestida de roxo para a gravação, cor que marca a identidade de A Bolha.
— Os fãs foram um espetáculo à parte. Montaram até um PDF com o que tinham que levar e o que fazer em cada música. Eu não sabia, foi uma surpresa. Na entrada teve balões roxos. Também colocaram película na capa do celular para ficar uma luz roxa na lanterna. Levantaram cartazes com frases e balões vermelhos e amarelos em Adrenalizou. Eles fizeram o show — relembra Vitor.
O DVD também conta com participações de Samuel Rosa, Jorge e Mateus, Priscilla Alcântara, L7nnon, Bruno Martini e Rick Bonadio. Aliás, o cantor virou um nome recorrente para feats: do pop sofisticado de Sandy ao reggae do Maneva. Passa por Dazaranha, Lulu Santos, Jota Quest, Jorge Vercillo, Capital Inicial, show com Detonautas no The Town, enfim, a lista é longa. O músico admite que até sua gravadora lhe pediu para dar uma segurada nas parcerias.
— Tudo é muito bem-vindo quando a gente se identifica — diz. — Acho que tudo enriquece a música e o nosso DNA como artista. Sou muito fã de todos esses nomes com quem faço parceria. Para mim, é praticamente impossível dizer não. Mas sempre analiso o som, ponho a música em primeiro plano. Qualquer coisa, digo para fazer uma nova canção, alterar isso ou aquilo. Sempre chegamos a um acordo.
Abraço
Entre as canções inéditas do DVD está O Dia de Amanhã, que saiu na primeira parte. Em uma letra composta por reminiscências ("Ainda lembro das besteiras nos domingos em família/ Tesouro era o churrasco que o teu velho fazia"), Vitor homenageia seu amigo Mateus, que partiu há oito anos. Natural de Marau, no norte do Estado, o jovem conviveu com o músico nos tempos de Balneário Camboriú. Eram parceiros de surfe, jogavam bola e dividiam os altos e baixos na torcida pelo Grêmio ("quando tu ficou p* que o nosso time perdeu").
O cantor compôs essa faixa em parceria com outro amigo, Simão, que viveu aquele tempo. Um dia, Vitor começou a tocar uma música despretensiosamente e, de imediato, lembrou de Mateus. Começou a improvisar um canto com coisas que viveu com o amigo, auxiliado por Simão.
Inicialmente, o artista hesitou em lançar O Dia de Amanhã por ser uma canção tão íntima. Porém, mudou de ideia ao, de alguma maneira, ser abraçado:
— Estava em dúvida se essa música iria para o mundo. Um dia, enquanto fazia a pré-produção, senti algo especial. Tenho a certeza de que o Mateus veio aqui e me deu um abraço.
Vitor Kley em POA
- Neste domingo (8), a partir das 2oh, no Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 685), em Porto Alegre.
- Ingressos a partir de R$ 170 (inteiro) ou R$ 90 (solidário, mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível).
- Pontos de venda sem taxa: loja Planeta Surf Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2.611), das 10h às 22h, à vista em dinheiro e no cartão; e na bilheteria do teatro, que abre duas horas antes do evento. Pontos de venda sem taxa: pelo site da Sympla.
- Desconto de 50% para sócio do Clube do Assinante e acompanhante.