No último dia 26 de fevereiro, uma delicada operação quebrou a rotina e parou a cidade de Serafina Corrêa. Nessa oportunidade, houve a substituição da cobertura da torre da Igreja Matriz, inaugurada em 8 de maio de 1953. Foi uma obra necessária e complexa. A antiga estrutura, toda em madeira, precisava ser substituída, devido aos 65 anos. Agora, o material adotado foi o ferro galvanizado.
Nosso leitor Jair João Begnini, 59 anos, presidente do Conselho de Assuntos Econômicos da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, gentilmente nos enviou as fotos e as informações. A grua utilizada é da empresa Valente Guindastes e veio de Casca, cidade vizinha. O trabalho durou cerca de seis horas naquela terça-feira.
Como se sabe, os sinos foram, durante muito tempo, um dos principais meios de comunicação no passado. Não só serviam para chamar o povo para a igreja, mas também tinham toques festivos e fúnebres e sinal de alarme em momentos de perigo.
A torre e os sinos sempre foram cartões de visita dos povoados e das cidades da Itália. Os imigrantes trouxeram consigo essa cultura. Segundo o Livro Tombo, em 2 de junho de 1914 foram encomendados três sinos no peso de 1,6 mil quilogramas.
No dia 27 de outubro de 1917, na visita pastoral do monsenhor Luís Mariano da Rocha, ele escreveu: “Visitei o campanário pronto, pouco tempo antes da morte do padre Estevão Noce, que contém os três magníficos sinos... que custaram 14 contos de réis”.
Os sinos foram inaugurados, provavelmente, em 1916. Com o passar do tempo, o povo não andava satisfeito com o humilde campanário de madeira que já havia sido deslocado cinco vezes por sucessivos trabalhos de traçado das ruas.
Em 29 de janeiro de 1951, o padre Antônio Marcon cedeu a pressão dos fiéis e autorizou a construção da torre. Inspirado em fotos da torre da igreja da terra natal dele, Fonzaso, na Itália, o padre Marcon pediu ao agrimensor Aimone Taverna que fizesse um detalhado projeto da nova torre.
No dia 8 de maio de 1951, foi colocada a primeira pedra. Exatos dois anos depois, foi finalmente inaugurada. No dia da inauguração, foi distribuído um memorial com os dados da obra.
Informações sobre a torre
- Altura: 60 metros
- Altura dos sinos: 28 metros
- Altura dos relógios: 35 metros
- Pirâmide de alumínio: 17 metros
- Cruz: 2 metros
- Total: Cr$ 435. 906,70 (à época)
- Padre vigário: padre Luiz Pedrazzani
- Padre Vigário Cooperador: padre Antônio Marcon
- Tesoureiro: Amantino Montanari
- Arquiteto: Aimone Taverna
- Construtor: Zelindo Boscardin
- Responsável: Madureira e Bertagna
- Pedreiros: Ampélio Grando, Cerilo Fornari, Gedi Ciarini, João Magon, Agostinho Zanlucchi, Teolides Grapiglia, Davide Ghisolfe e José Machado
- Carpinteiro: Segundo Bordignon