Se você está em busca de paz e de um roteiro diferente, uma boa opção no Rio Grande do Sul é Imigrante, no Vale do Taquari. Aliás, até o nome da praça central da cidade de 3 mil habitantes captou o espírito do lugar: Praça da Paz.
Chegar até lá é fácil. Saindo da Capital, são 126 quilômetros de estrada, passando pela BR-448 e BR-386 e pela RSC-128 e RSC-453 – pouco mais de uma hora e meia de viagem.
— O Vale do Taquari está muito próximo da serra gaúcha e também de Porto Alegre. É um destino ótimo pra quem quiser passar um dia, ou mesmo um final de semana — indica a guia de turismo Tatiana Gärtner.
Para começar o passeio, a sugestão é uma visita ao Cactário Horst, que tem uma das maiores coleções de cáctus do mundo – são quase mil espécies diferentes. Para comportar tudo isso, a estufa é do tamanho de dois campos de futebol. Dá até para o visitante se perder no meio desse tapete colorido.
— Não fazia ideia de que seria tão grande, tantas variedades, tantas espécies. Coisas que a gente nunca viu, que não conhece. Achei muito legal — encantou-se a funcionária pública Sandra Falkensach.
São tantas cores e tantos formatos que dá até para brincar de achar desenhos, como a gente faz com nuvens.
— Só não pode tocar, né? Sim, daí dói, mas são legais, porque são umas coisas muito diferentes — ensinou a pequena Vitória Gomes, oito anos.
Para entrar no cactário, não precisa pagar nada, e as mudas têm preço bem em conta – por R$ 6, é possível levar uma para casa.
O roteiro por Imigrante continua em outro lugar cheio de cores: o Convento São Boaventura, onde são os vitrais que dão o tom. Erguido no topo de uma rocha, na década de 1940, o lugar é muito visitado porque ali está sepultado Dom Aloísio Lorscheider – único cardeal brasileiro a receber votos em um conclave.
— Na época em que o papa João Paulo II foi eleito, ele era o cardeal que recebeu o maior número de votos na primeira eleição. Não esperando isso, ele disse que não tinha saúde pra assumir essa tarefa importante da Igreja — explica o frei Nelson Müller, administrador do convento.
Hoje, além de fiéis, o convento recebe grupos que se hospedam nos fins de semana para fazer retiros, além de encontros de família ou de empresas (a diária é de R$ 75 por pessoa). A estrutura é simples, mas ideal para quem quer desconectar.
— É um lugar divino, de muita serenidade e história — diz o professor Valdir Pellenz.
Um pouco de harmonia
Uma dica para entrar no clima é descer 18 quilômetros em direção ao sul de Imigrante. Em Teutônia, além de paz, tem água fresca: é a Lagoa da Harmonia. O visitante paga R$ 7,50 para entrar no parque e pode se hospedar em cabanas com vistas que mais parecem quadros (diárias de R$ 150 a R$ 235 para casal).
— A cada época do ano, mudam as cores, mudam os cheiros. Tudo é muito mágico nesses lugares bucólicos. Dá uma paz incrível — diz a turista Cristina Buaszczyk.
E bem pertinho da lagoa, apenas alguns minutos caminhando, há um mirante. É o lugar perfeito, com vista privilegiada, para acabar o passeio por este vale onde a natureza caprichou.
#PartiuRS é uma série multimídia que mostrará as belezas do Estado. Além do ZH Viagem, a série pode ser acompanhada aos sábados, no Jornal do Almoço, da RBS TV, e no Supersábado, da Rádio Gaúcha, e em um site especial no G1