Duas jornalistas do Grupo RBS dão dicas, a seguir, de como melhor aproveitar a visita aos parques nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além disso, você encontra o link de acesso para o guia especial com tudo que você precisa saber para conhecer a região.
Fernanda Pandolfi
fernanda.pandolfi@zerohora.com.br
Há um fator que pode atrapalhar o passeio ao Itaimbezinho: o clima. Dos três dias que passei em Cambará do Sul, em dois deles as nuvens não colaboraram e taparam a vista dos cânions. Mas vamos direto ao terceiro dia? Esse, sim, abriu com um sol redondo. A dica é básica: calçados confortáveis, de preferência tênis esportivos, roupas adequadas para a caminhada e água para se hidratar ao longo dos seis quilômetros (ou mais) de trilha. Antes de pegar a estrada, o bom é ouvir as recomendações dos guias do Parque Nacional de Aparados da Serra, que contam parte da história da sede administrada pelo Ibama e se oferecem para acompanhar os turistas.
Como estávamos em grupo, optamos por seguir sem auxílio para curtir o passeio no nosso ritmo e poder fotografar à vontade. Sou uma apaixonada por trilhas. Quanto mais obstáculos, melhor. Não foi bem este o caso, já que o caminho é bem sinalizado e quase todo em linha reta. Mas o visual vale a pena, com pinheiros nativos e rochas avermelhadas. Entre as paradas mais bacanas, está o ponto de observação da cascata Andorinhas, na Trilha do Vértice, e o mirante geral do cânion - bom para uma meditação -, na Trilha do Cotovelo.
Era outono e fazia muito frio - por isso, não tivemos como percorrer a Trilha do Boi, que passa dentro do rio homônimo, com direito a banho nas piscinas naturais de águas bem geladas. Ficou a promessa de voltar em uma época mais quente do ano para uma nova aventura.
Débora Ely
debora.ely@zerohora.com.br
Percorrer a distância que separa o estacionamento do Parque Nacional da Serra Geral até o topo do cânion Fortaleza pode parecer fácil - mas é quase impossível em um dia de forte vento. Em uma manhã de domingo de agosto de 2014, na minha visita ao desfiladeiro considerado um dos mais bonitos do Estado, as rajadas eram tamanhas que ficava difícil se equilibrar no terreno íngreme.
Com passadas largas e andando de lado para não ser empurrada pelo vento, cheguei à altitude com pouco fôlego - mas com uma vista, esta sim de tirar o fôlego. O dia de céu azul e poucas nuvens permitia que se avistasse, ao horizonte, o litoral gaúcho, separado por mais de 80 quilômetros do cânion.
De cuia, térmica e uma bolsa térmica em mãos, a ideia era organizar um piquenique que substituísse o almoço nas areias do Fortaleza. Os planos logo foram frustrados: uma rajada de vento levantou a canga armada no chão, que ganhou altura até ser engolida pela vegetação. Até saí em busca do pedaço de tecido, mas nunca mais o avistei tamanha a imensidão.
Diferentemente da chegada ao Itaimbezinho, a estrada que dá acesso ao Fortaleza é irregular: tomada por pedregulhos e buracos no chão batido. Em relação ao vizinho, o Fortaleza também resguarda a impressão de uma natureza intocada pelo homem. Por lá, não há barras de proteção junto ao desfiladeiro - o que exige cuidado, ainda mais em dias de vento.
Saiba mais
- Para acessar o Itaimbezinho, é preciso pegar a RS-494 em Cambará do Sul. Fica distante 18 quilômetros da cidade.
- O parque é aberto à visitação de terça a domingo, das 8h às 17h. A permanência é permitida até uma hora após o fechamento da bilheteria.
- O valor dos ingressos é de R$ 7. Visitantes menores de 12 anos e maiores de 60 anos são isentos. Para veículos, o valor é de R$ 6 (automóveis), R$ 10 (ônibus) e R$ 3 (motos).
- Para acessar o Fortaleza, é preciso pegar a RS-020 a partir de Cambará. Fica a 23 quilômetros da cidade. A entrada é franca.
- Já a Trilha do Rio do Boi, que dá acesso à parte de baixo do cânion, é feita a partir do Posto de Informações e Controle localizada em Praia Grande (SC), apenas na companhia de guia.
- Informações: (54) 3251-1277 ou parnaaparadosdaserra@icmbio.gov.br.
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