O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Santa Catarina apontou que Brian Grandi morreu por afogamento. Conforme a avaliação do médico legista, não havia sinais de trauma externo. O jovem de 20 anos ficou desaparecido desde a madrugada de segunda-feira (20), quando cabos de sustentação da ponte pênsil entre Torres (RS) e Passo de Torres (SC) cederam e a estrutura virou. O corpo foi encontrado na quinta-feira (23), e Brian foi enterrado nesta sexta (24).
O laudo pericial completo deve ser liberado em até dois dias. A informação foi confirmada pelo delegado de Araranguá-SC, Maurício Pretto, que responde pela delegacia de Passo de Torres-SC. A morte por afogamento reforça a tese de que Brian estaria no local no momento em que a ponte cedeu. Outros indícios também apontam para essa possibilidade, como o rastreamento do celular de Brian.
A Segundo a família, Brian não sabia nadar. A profundidade do rio Mampituba próximo da ponte é de cerca de 8m, de acordo com os bombeiros. Além disso, na madrugada em que a ponte virou, o nível do rio estava mais elevado.
A polícia está agendando as primeiras oitivas para os próximos dias. Os primeiros a serem ouvidos devem ser os familiares de Brian.
A reportagem de GZH aguarda a atualização das investigações por parte da Polícia Civil de Torres. O delegado Marcos Veloso, responsável pelo caso, foi procurado, mas não respondeu. As delegacias gaúcha e catarinense trabalham em dois inquéritos separados.
Relembre o caso
Brian ficou desaparecido desde que a ponte pênsil entre Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, e Passo de Torres, em Santa Catarina, virou e derrubou dezenas de pessoas na água, na madrugada da última segunda-feira. Seu corpo foi encontrado na sexta-feira.
O jovem estava com o seu celular e havia enviado fotos e mensagens da festa de Carnaval, em que estava com os amigos, para a família. Segundo a mãe, Cristiane dos Santos, 38 anos, o grupo estava de carro, em Passo de Torres, e seu filho de bicicleta. O veículo havia ficado perto da travessia, ainda no território de Torres, o que obrigou que Brian tivesse que atravessar a ponte para buscar a bicicleta. A ideia era encontrar os amigos em uma praça depois.
Depois que a estrutura virou, Brian não recebeu mais as mensagens enviadas pela mãe. A bicicleta dele foi localizada nas proximidades do local.
O delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso, de Torres, responsável pela investigação no Rio Grande do Sul, confirmou que o rastreamento do celular de Brian registrou a última localização na região da ponte perto do horário do acidente (2h21min de segunda-feira). A pesquisa foi possível através do e-mail da mãe, que estava vinculado ao telefone.
Desde o acidente, o Corpo de Bombeiros Militar fez buscas com mergulhadores na água, às margens do rio e na faixa litorânea. Ao todo, 22 bombeiros, com botes e motos aquáticas, estavam mobilizados para as buscas, além de viaturas leves para deslocamento ao longo das margens.