A venda de carros híbridos e elétricos avança no país. As marcas chinesas mexeram com o mercado e, os números e oferta de modelos ainda pequenos, são significativos pelo crescimento exponencial constante nos últimos meses. Com o aumento da frota eletrificada, a manutenção exigirá equipamentos adequados para os serviços especializados.
A BYD, em Camaçari, Bahia, e a GWM, em Iracemápolis, São Paulo, que preparam a produção de veículos eletrificados no Brasil, ganharam espaço e, mesmo com número reduzido de opções, se aproximaram e até superaram marcas tradicionais. Em setembro foram vendidos 8.458 veículos eletrificados, dos quais 6.629 híbridos e 1.829 elétricos.
A BYD avançou duas posições em relação a agosto e passou da 16º para 14ª no ranking geral. Superou a Mitsubishi e a BMW, que tem produção local, e encostou na Ford, a 13ª. A norte-americana teve 2.379 registros, com 246 unidades à frente dos 2.137 emplacamentos da BYD. A diferença de participação foi de 0,33 ponto percentual. A GWM foi a 17ª, com 1.307 registros e participação de 0,70%. A chinesa passou a Ram, Audi, Volvo e Land Rover, entre outras.
Os chineses GWM Haval H6 e BYD Dolphin e Song Plus ficaram entre os 50 carros mais vendidos no país em setembro. O Haval H6, em 37º, teve 1.307 registros e ficou 80 unidades atrás do Volkswagen Taos e 63 unidades do Toyota SW. O Dolphin, com 1.037, foi o 41º e o Song Plus, com 863 unidades, ficou em 43º.
Manutenção especializada
O crescimento da frota de veículos híbridos e elétricos exigirá um novo conceito de manutenção especializada. O atendimento passará pela adequação das oficinas para atender às necessidades decorrentes das características dos carros eletrificados.
Os cuidados adicionais vão da preparação do local ao treinamento técnico, além de equipamentos específicos para atender veículos que possuem pontos que podem ultrapassar os 600 volts de tensão.
Para atender o novo público consumidor, a Tramontina PRO desenvolveu uma linha de ferramentas isoladas e kits específicos para o novo segmento, voltados à segurança de quem trabalha com eletricidade.
A linha ferramentas conta com chaves fixas, combinadas, estrelas e ajustáveis, soquetes e acessórios, alicates, chaves de fenda e canhão, mini arco de serra, facas desencapadoras de cabos e maletas para ferramentas (que podem ser personalizadas com as ferramentas mais apropriadas para cada oficina).
Os produtos são indicadas para atividades em até 1.000 volts em corrente alternada e 1.500 volts em corrente contínua. Todos seguem as exigências da norma internacional IEC 60900 (equivalente a europeia EN 60900) e aos requisitos da NR 10 que regulamenta as condições de trabalho em instalações elétricas e serviços em eletricidade.
A linha de ferramentas isoladas têm ótimo potencial de crescimento, explica o diretor da Tramontina, Felisberto Moraes, considerando o número de oficinas existentes no país e que precisam se adaptar a essa nova demanda.
— Um estudo realizado pela Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) já estima que em 2035 o Brasil chegue a 62% de carros elétricos no país, por isso, vemos com otimismo o futuro desse nicho — avalia Moraes.
O avanços serviços eletrificados estimula a marca gaúcha, que trabalha na ampliação do mix de ferramentas isoladas com itens complementares para a linha.
— Estamos estudando algumas novidades, entre elas novos tamanhos de chaves de aperto e chaves hexagonais de bitolas específicas —, revela o executivo.
A qualidade dos produtos e a segurança aos usuários são garantidas pelo laboratório do Centro de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento da Tramontina, órgão que testa e certifica 100% das peças fabricadas.
As ferramentas são submetidas a rigorosos testes de qualidade como o teste dielétrico de 10.000V, impacto a temperatura ambiente e a -25°C, dielétrico de reentrância com 5.000V, aderência do isolamento e flamabilidade com exposição à chama por 10 segundos.