A Tracker RS 2024 valoriza a esportividade com detalhes exclusivos externos e internos. O utilitário esportivo compacto Chevrolet compartilha o conjunto propulsor e alguns equipamentos da versão topo de linha Premier. Rodamos cerca de 600 quilômetros por cidades e estradas gaúchas com um Chevrolet Tracker RS 2024, que tem preço a partir de R$ 160.590.
A grade estilo colmeia, a gravatinha Chevrolet, o nome da versão e apliques nos para-choques e nos retrovisores externos em preto diferenciam a RS. Tem o nome da versão em vermelho, o conjunto óptico com faróis tipo projetor full LED e máscara negra, luzes diurnas (DRL), lanternas em LED e rodas de 17 polegadas com desenho exclusivo preto.
No interior, o volante de base reta, os bancos em tecido sintético, o console, o painel e as laterais das portas têm acabamento preto com costuras duplas vermelhas exclusivas. Exatamente como no Onix RS, Cruze RS, Equinox RS e Montana RS.
Tem acesso por aproximação, partida por botão e direção elétrica progressiva. O Tracker RS traz quadro de instrumentos analógicos com tela digital de 3,5 polegadas. multimídia MyLink com tela de oito polegadas sensível ao toque e comando por voz. Mostra também imagem da câmera de ré. A conexão com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos é sem fio.
O ar-condicionado do Tracker RS é analógico. Os vidros, os retrovisores elétricos com sinalizadores, as trava das portas e o teto solar panorâmico têm acionamento elétrico. O Tracker conta ainda com 4G e Wi-Fi nativo. Com seis airbags, conta com recursos de apoio à condução como alerta de colisão e frenagem de emergência automática em baixas velocidades, além de monitor de ponto cego, entre outros.
Visual esportivo e comportamento familiar
O Tracker RS agrada pelo visual quem gosta de um carro mais esportivo e mantém comportamento próximo à versão topo de linha Premier. Com o mesmo conjunto propulsor, a falta de alguns recursos eletrônicos de auxilio à condução existentes no irmão mais caro não chegaram a comprometer.
Os ajustes da coluna da direção elétrica progressiva e do banco facilitaram a perfeita posição de dirigir na cidade e na estrada em viagens mais longas.
A área envidraçada garante ótima visibilidade externa. No interior, também é boa a visualização dos instrumentos e da tela do MyLink .
O bom espaço interno atende necessidades de quatro adultos. Com a limitação do banco traseiro, fica melhor uma criança como terceiro ocupante. O porta-malas leva 383 litros.
O conjunto propulsor repetiu o bom desempenho do Tracker Premier com motor 1.2 turbo, que também testamos nas ruas e estradas gaúchas.
O câmbio automático de seis velocidades distribuiu bem os 132 cv e força (torque) de 19,4 kgfm com gasolina (133 cv e 21,4 kgfm com etanol) nas rodas dianteiras.
O crossover foi ágil nas perimetrais, nas arrancadas nas sinaleiras e encarou o trânsito congestionado. Bastou controlar o acelerador. A suspensão absorveu bem as irregularidades do pavimento, buracos, quebra-molas e valetas sem comprometer o conforto interno.
Sem pretensões esportivas, na estrada, com cinco ocupantes, a potência e a força foram adequadas às características do conjunto propulsor, dentro dos limites de velocidade. As respostas foram mais lentas nas rotações mais elevadas, sem comprometer o comportamento. A vibração do motor de três cilindros turbo foi mínima, mesmo em situações mais severas.
Como na cidade, também na estrada a boa suspenção ignorou as irregularidades do pavimento. Garantiu a estabilidade e a oscilação da carroceria foi mínima mesmo nas velocidades mais elevadas.
Os pneus 215/55 R17 ajudaram na estabilidade. O nível de ruído foi mínimo.
O consumo de combustível do Tracker RS foi semelhante ao do Premier. Pelo Inmetro, as médias são de 11,2 km/l (cidade) e 13,5 km/l (estrada) com gasolina. Nossas médias no trânsito urbano variaram de 10,1 km/l a 13,9 km/l. Na estrada, em velocidade constante, ficaram de 15,1 km/l a 20,3 km/l, a 80 km/h, e de 13,2 km/l a 16,5 km/l a 110 km/h.
Conclusão
O conforto, a conectividade e o conjunto propulsor garantiram ao Tracker RS bom comportamento, próximo ao do topo de linha Premier. A ausência de alguns recursos eletrônicos de auxílio à condução ou do ar-condicionado automático digital e da recarga do celular por indução em relação ao Premier não comprometeram o desempenho. Para quem prefere um carro mais vistoso, a falta dos recursos foi recompensada pelo visual e o acabamento interno exclusivos.
Como sempre, na decisão de compra deve ser avaliada a relação custo-benefício em relação às demais versões do crossover. Em especial, a topo de linha Premier, que traz mais recursos de conforto, apoio à condução e de segurança, por pequena diferença de preço.