O visual, o espaço, o conforto e a dirigibilidade garantiram ao Tracker o protagonismo entre os utilitários esportivos. Nos 900 quilômetros que rodamos, o LT 1.0 Turbo com câmbio automático, o comportamento foi adequado às características do motor. Bem completo, o Chevrolet Tracker LT 1.0 automático tem preço de R$ 95.890.
Nos últimos meses, o Tracker marcou presença entre os dez carros mais vendidos no país, às vezes, liderando o seu segmento. A receptividade da versão 1.0 turbo automática LT levou a General Motors estender às LTZ e Premier o conjunto propulsor. Mais de 60% da venda do Tracker é equipada com o 1.0 turbo.
Depois de avaliarmos a versão topo de linha, foi a vez da 1.0 turbo automática LT, uma das opções preferidas do utilitário esportivo Chevrolet.
O motor 1.0 de menor potência e força, detalhes externos (principalmente na frente) e internos (no acabamento) e menos recursos eletrônicos estão entre as principais diferenças dos dois modelos.
O Tracker LT é bem completo e possui a maioria dos recursos da Premier. Visualmente, é mais simples, mas as diferenças são poucas. Ficam com detalhes como para-choques, faróis e lanternas, retrovisores e rodas. No interior, espaço é ótimo, o acabamento também é mais simples, mas sem comprometer.
Ruas e estradas
O desempenho do Tracker 1.0 turbo LT, o mesmo que equipa os Onix e Onix Plus, surpreendeu pelas respostas do conjunto propulsor. Ainda mais, pela economia de combustível, apesar dos mais de 1,2 mil quilos do carro, embora inferior ao do 1.2 Turbo.
O câmbio automático de seis velocidades distribuiu bem os 116 cv e força (torque) de 16,3 kgfm (gasolina). Na cidade, o Tracker acompanhou sem estresse os congestionamentos comuns e os anda e para nas ruas e avenidas.
O conjunto propulsor respondeu bem à medida que foi exigido. Não deixou a desejar em nenhum momento na cidade. Claro, com reações inferiores às dos até 133 cv do 1.2 Turbo
PRISCILA NUNES
Jornalista
Na estrada, o utilitário rodou tranquilo dentro das limitações do motor, sem comprometer o desempenho. Com trocas de marchas suaves, as respostas foram melhores em velocidades mais elevadas.
A direção elétrica progressiva facilitou a condução e a suspensão, melhor na Premier em relação ao modelo anterior. Absorveu as irregularidades do pavimento com conforto e silêncio a bordo. O Tracker superou buracos, lombadas e quebra-molas com facilidade.
Os controles de tração, estabilidade e assistente de partida em rampa ajudaram. Mas foi evidente que sentimos falta de recursos testados na topo de linha como “alerta de ponto cego, estacionamento automático, frenagem automática de emergência e o monitoramento da pressão dos pneus, entre outros.
O consumo de gasolina chamou a atenção. Nos 900 quilômetros, a média geral foi em 12,7 km/l.
Na cidade, o Tracker rodou de 11,6 km/l a 14,14 km/l. Em rodovia, as médias ficaram de 13,8 km/l a 18,6 km/l na velocidade constante de 80 km/k e de 12,3 km/l a 15,6 km/l a 110 km/h.
Interior e conectividade
Acesso por aproximação e partida por botão, o quadro de instrumentos tem mostradores analógicos com ponteiros em LED e tela digital.
O MyLink tem tela de oito polegadas sensível ao toque e por comando de voz, intuitivo e fácil de operar. Interativo com Android Auto e Apple CarPlay e aplicativos, também conta com câmera de ré, Bluetooth e entradas USB dianteiras e traseira.
Priscila lembrou a eficiência do Wi-Fi nativo que já testamos no próprio Tracker e em outros Chevrolet como Onix e Cruze. O Wi-Fi permite o pareamento de até sete celulares, sendo dois simultâneos. Mas a jornalista sentiu falta do teto solar presente no Premier.
A crescente opção pelo Tracker com motor 1.O turbo e câmbio automático levou a General Motors estender o conjunto propulsor às versões LTZ e Premier. O espaço, o conforto e o comportamento do LT atendem quem procura um utilitário esportivo familiar. Embora sem a tecnologia de segurança da Premie, a relação custo-benefício é importante apelo do 1.0 turbo LT que representa cerca de 60% da venda do Tracker.