Com Priscila Nunes / Especial
As linhas elegantes combinadas com o bom acabamento interno, a posição elevada de conduzir, o ótimo conjunto propulsor e recursos eletrônicos garantem ao C4 Cactus o seu espaço no concorrido segmento de utilitários esportivos compactos. Com o Citroën rodamos 1.200 quilômetros por ruas e estradas da Serra e do Litoral. O Citroën C4 Cactus Shine THP 1.6 A/T custa R$ 103.900 e completo, com todos os opcionais, como o modelo avaliado, R$ 106.565.
O visual do C4 Cactus destaca o conjunto harmônico com o clássico toque francês que valoriza os detalhes. Na frente, a assinatura da marca: Chevron tridimensional cromado e a grade separa as luzes diurnas em LED. O para-choque traz os faróis neblina integrados. A ampla área envidraçada predomina nas laterais.
No teto, barras transversais. As caixas de rodas e protetores da parte inferior das portas contam com molduras. As rodas são de alumínio de 17 polegadas diamantado com pneus 205/55 R17. As lanternas traseiras do crossover em dois módulos e efeito 3D avançam nas laterais e acompanham a tampa do porta-malas.
Se na Serra tivemos temporal e chuva forte que nos surpreenderam e dificultaram o trabalho, no litoral o dia ensolarado ajudou.
A jornalista Priscila Nunes também conduziu o C4 Cactus e lembrou o visual descolado vermelho com capota preta e detalhes cromados que se destacou em todos os locais.
- É um veículo que chama a atenção por onde passa. Aproveitamos o dia ensolarado para fotos e vídeos. A temperatura acima dos 30 graus foi amenizada pelo eficiente ar-condicionado - comemorou Priscila.
Nos dois deslocamentos a jornalista valorizou o agradável interior. “Percebemos a personalidade do Cactus. O quadro de instrumentos digital é monocromático, poucos botões no console e o painel com acabamento em diferentes texturas”.
Como gosta de música tão logo entrou no Cactus a jornalista testou a central multimídia interativa com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay e espelhou seu smartphone. Elogiou a qualidade do som, mas estranhou o comando do ar-condicionado ser apenas pela tela multimídia.
O conjunto propulsor diferencia o Cactus dos concorrentes. O ótimo 1.6 HTP turbo respondeu bem em todas as faixas de rotação, o que facilitou a condução no trânsito urbano e nas estradas. Ágil na cidade, mostrou sua força raça nas rodovias. "Foi um dos motores com melhor resposta dos carros nacionais que testei".
Os 166 cv e força (torque) de 24,5 kgfm com gasolina foram bem distribuídos pelo câmbio automático de seis velocidades e trocas suaves d marcha. Nas ruas, o Cactus andou rápido e respondeu com vigor a pressão no acelerador. O consumo de combustível ficou entre 8,9 km/l a 11,4 km/l na cidade e de 17,2 km/l a 12,9 km/la na estrada em velocidades constantes de 80 km/h a 110 km/h.
O comportamento foi perfeito na subida Serra entre Taquara e Gramado como também na autoestrada Porto Alegre-Osório. O THP despejou força e potência esquecendo os 1.214 do Cactus. A direção elétrica facilitou a condução com a perfeita sensação de segurança.
A suspensão macia mas firme - McPherson na frente, e eixo de torção atrás - privilegiou o conforto. A elevada altura do solo permitiu ignorar irregularidades do pavimento, quebra-molas e lombadas comuns nas ruas e estradas. Em curvas, nos limites de velocidade, a carroceria do C4 teve um leve balanço sem comprometer a segurança.
Os freios eficientes, quando preciso pararam bem o Cactus. Na descida da Serra sob forte chuva, sistema de frenagem automática e alertas de colisão, de saída de faixa e de atenção ao condutor facilitaram a condução segura. Recursos como o Grip Control adapta a tração aos diferentes tipos de terreno - padrão, neve, lama, areia e desligado (ESP Of) - facilitou rodar na terra batida e na areia.
- Gostei do comportamento do Cactus na Serra e no Litoral. Depois de rodar na beira da praia e realizar as fotos e vídeos achei muito bom o desempenho do carro.
Ótimo na estrada, enfrentou sem medo a terra batida e a areia - enfatizou a jornalista.
Com 4,17 metros de comprimento, 1,714 m de largura, 1,563 m de altura e distância entre eixos de 2,60 m, o C4 Cactus acomoda bem cinco ocupantes e leva 320 litros no porta-malas. Bancos revestidos em couro, o interior traz detalhes cromados, em preto brilhante e faixas de tecido no painel e laterais das portas.
O acesso é por aproximação e a partida por botão. Volante multifuncional, o ar-condicionado digital automático, a central multimídia sensível ao toque com câmera de ré e navegação.
O sistema de aúdio Hi-Fi, conta com Bluetooth, viva-voz, MP3 e entrada auxiliar.
O C4 Cactus traz recursos que auxiliam a condução como os controle e limitador eletrônico de velocidade, sensores de crepúsculo e chuva e detector de pressão dos pneus.
Ainda espelho eletrocrômico e airbags frontais e laterais.
- Tenho um utilitário esportivo e gostei do Cactus. Posição elevada de conduzir, ajustes de volante e bancos e ampla área envidraça que facilita a visão externa. Me chamou a atenção que na Europa, o C4 Cactus é vendido como hatch em alguns mercados e station-wagon (perua) em outros.
No Brasil, a Citroën elevou a carroceria em alguns centímetros, melhorou ângulos de ataque e saída e adotou características de utilitário esportivo - avaliou a jornalista.
Conclusão: Bem completo, vistoso por fora, confortável por dentro e potente motor, o Citroën C4 Cactus valoriza as características de um crossover sem aspiração aventureira e adquado às catacterísticas do seu segmento.